
Numa tarde que parecia comum, mais um trabalhador brasileiro caiu nas estatísticas assustadoras da violência urbana. Aconteceu em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, e a vítima foi um entregador que só queria cumprir seu expediente.
Do nada — e essas coisas são sempre assim, sem aviso — dois caras numa moto fecham o cara. Nem deu tempo de pensar direito. Ameaçaram, levaram tudo que ele tinha: a moto, que é seu instrumento de trabalho, os produtos que ia entregar e, claro, a máquina de cartão. Sim, até isso.
O pior de tudo? A sensação de impotência. O entregador ficou ileso, fisicamente pelo menos. Mas o prejuízo moral e financeiro é enorme. Como fica um trabalhador depois de uma situação dessas? É de cortar o coração.
O que fazer quando você é vítima?
Imagina a cena: você está ali, trabalhando, e de repente seu meio de sustento some. A recomendação é sempre a mesma — e todo mundo sabe, mas na hora o desespero fala mais alto —: não reagir. Nada vale mais que a vida.
- Registrar o BO imediatamente;
- Acionar a empresa, se for o caso;
- Comunicar à operadora da máquina de cartão;
- E, claro, buscar apoio. Ninguém deveria passar por isso sozinho.
E a gente se pergunta: até quando? Até quando trabalhadores que sustentam o país com seu suor diário vão ficar reféns dessa insegurança? É revoltante.
A Polícia Militar foi acionada e está investigando. Mas a gente sabe como é: sem muitas pistas, fica difícil. O jeito é torcer para que a sorte — ou a justiça, quem sabe — apareça.