
O que começou como mais uma tarde comum no bairro Campo Grande, em Cariacica, rapidamente se transformou em cena de filme de ação — só que real, muito real. Por volta das 15h desta quarta-feira, o silêncio foi quebrado por rajadas de tiros que ecoaram pelas ruas, deixando moradores em pânico e buscando abrigo.
Segundo testemunhas — que preferiram não se identificar, com razão —, tudo aconteceu muito rápido. Dois indivíduos em uma moto, agindo de forma suspeita, chamaram a atenção de uma equipe da PM que fazia patrulhamento de rotina. Quando os policiais se aproximaram para abordagem, oh surpresa!, os suspeitos reagiram. E não foi com flores.
O tiroteio foi intenso, durou alguns minutos que pareceram horas para quem ouviu de perto. Troca de tiros, gritos, o barulho seco dos disparos... uma verdadeira guerra urbana em plena luz do dia.
O saldo do confronto
Quando a poeira baixou — literalmente —, um dos criminosos estava no chão, atingido por vários projéteis. O outro... bem, esse conseguiu fugir, desaparecendo entre as vielas do bairro como fantasma na neblina.
O que ficou para trás foi um homem de 25 anos, ferido, mas consciente. Os policiais prestaram os primeiros socorros — porque sim, até em situações assim existe humanidade — e acionaram o resgate. Ele foi levado às pressas para o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, onde passa por cirurgia neste momento. Dizem que o estado é grave, mas estável.
E a moto?
Ah, a moto! Uma Honda CG 160, que obviamente não estava no nome de nenhum dos dois. Foi apreendida e vai passar por perícia. Quem sabe não revela mais pistas sobre essa rede criminosa?
No local, a polícia encontrou uma pistola ponto 40 — dessas que não deixam dúvidas sobre as más intenções — e vários munições intactas. Material suficiente para causar muito mais estrago, não fosse a ação rápida dos PMs.
O que me faz pensar: até quando cenas como essa vão se repetir em nossas cidades? É uma pergunta que não quer calar, mas que parece não ter resposta fácil.
O caso agora está sob investigação da Delegacia Regional de Cariacica, que tenta descobrir a identidade do comparsa fugitivo e o que exatamente essa dupla planejava fazer. Algo me diz que não iam fazer visitinha à avó...
Enquanto isso, no Hospital Estadual, a equipe médica se desdobra para salvar a vida do ferido. Porque sim, mesmo sendo bandido, a vida importa. E depois que se recuperar — se recuperar —, ele vai ter que responder à Justiça. E algo me diz que a justiça capixaba não vai ser muito gentil com ele.
Os moradores da região, ainda assustados, esperam que essa ação seja apenas o começo de uma operação mais ampla. Porque ninguém merece viver com medo de bala perdida na própria comunidade.