Estado é condenado a pagar R$ 30 mil a manicure baleada durante ação da PM em praia de SP
Manicure baleada em ação da PM ganha indenização de R$ 30 mil

Uma manicure que foi vítima de um disparo durante uma operação policial em uma movimentada praia do litoral de São Paulo conseguiu na Justiça uma importante vitória. O Estado foi condenado a pagar R$ 30 mil em indenização por danos morais à profissional, que sofreu as consequências de uma ação da Polícia Militar que saiu do controle.

O incidente que mudou uma vida

O caso aconteceu durante uma tarde na Praia Grande, quando equipes da PM realizavam uma operação de rotina na orla. Segundo relatos, a manicure estava trabalhando normalmente quando se viu no meio do cruzamento de tiros entre policiais e suspeitos.

A profissional não tinha qualquer envolvimento com a situação, mas acabou sendo atingida por um projétil durante a troca de tiros. O incidente causou pânico entre banhistas e trabalhadores locais, que relataram momentos de terror durante a ação policial.

Longa batalha judicial

A vítima, que preferiu não ter sua identidade divulgada, precisou buscar auxílio jurídico para garantir seus direitos. O processo tramitou na 1ª Vara da Fazenda Pública de Praia Grande, onde a juíza Ana Lúcia Lopes Farias analisou minuciosamente as provas do caso.

Em sua decisão, a magistrada foi categórica ao afirmar que "o Estado falhou em seu dever de proteger a integridade física da cidadã". A sentença destacou que, embora a ação policial fosse legítima, a execução colocou em risco a vida de pessoas inocentes.

Valor da indenização e fundamentação

Os R$ 30 mil determinados pela Justiça levam em consideração:

  • O trauma psicológico sofrido pela vítima
  • As sequelas físicas do incidente
  • Os custos com tratamento médico
  • O tempo afastada do trabalho
  • O abalo emocional permanente

A defesa do Estado ainda pode recorrer da decisão, mas a condenação já representa um importante reconhecimento dos direitos da vítima. O caso serve de alerta para a necessidade de maior cuidado durante operações policiais em áreas públicas movimentadas.

Impacto na comunidade local

Moradores e trabalhadores da região comemoraram a decisão judicial, que consideram uma vitória de todos os cidadãos que se sentem vulneráveis durante operações policiais. Muitos relataram que episódios como esse são mais comuns do que se imagina nas praias do litoral paulista.

A expectativa agora é que o caso sirva de exemplo para que novas operações sejam realizadas com protocolos de segurança mais rígidos, protegendo tanto os policiais quanto os cidadãos que circulam normalmente por esses espaços públicos.