
Era pra ser só mais um dia comum no interior do Piauí. Mas o que começou como uma simples denúncia terminou em tragédia — daquelas que deixam a gente sem ar, com aquele nó na garganta que não desce.
A jovem — cujo nome preservamos por questões éticas — não resistiu. Dez dias depois de levar um tiro do ex-companheiro, ela morreu no hospital, cercada por equipamentos médicos que não foram suficientes. O pior? Ela já tinha ido na delegacia, já tinha feito boletim de ocorrência. Fez tudo certo, sabe como é? E mesmo assim...
O crime que poderia ter sido evitado
Segundo fontes da polícia — aquelas que sempre falam "sob condição de anonimato" — o ex dela já tinha histórico. Daqueles caras que a gente olha e pensa: "Alguém devia ter prendido esse sujeito antes". Mas a justiça, como sempre, chegou tarde.
O tiro foi dado no meio da rua, em plena luz do dia. Imagina a cena: uma moça correndo, pedindo ajuda, e um covarde atirando pelas costas. Até quando, hein?
Os números que ninguém quer ver
- Só este ano, o Piauí registrou mais de 15 casos de feminicídio
- 70% das vítimas já haviam feito boletim de ocorrência anterior
- Os casos aumentaram 30% pós-pandemia — como se a gente já não tivesse problemas suficientes
Agora a polícia corre atrás do prejuízo — literalmente. O ex da vítima está foragido, provavelmente cruzando o sertão como se fosse um bandido de filme antigo. Só que na vida real não tem final feliz.
Enquanto isso, na cidade onde tudo aconteceu, o clima é de luto e revolta. As vizinhas se reúnem na calçada, falando baixo, olhando pra todo lado. "Podia ter sido eu", diz uma delas, segurando o filho no colo. E podia mesmo.