
Um dia comum que se transformou em pesadelo. Na Zona Sul de Teresina, o que começou como uma discussão doméstica quase terminou em tragédia irreversível. Um homem, em fúria cega, disparou contra a própria companheira - a pessoa que supostamente deveria proteger.
Aconteceu no Domingo, 14 de Setembro, por volta das 21h. Testemunhas relataram à polícia que ouviram gritos alterados seguidos pelo estampido seco de um tiro. A vizinhança, em pânico, não hesitou: acionou imediatamente a PM.
A vítima, uma mulher de 32 anos, teve a sorte improvável de sobreviver. O projétil, milimetricamente, não atingiu órgãos vitais. Ela foi rapidamente socorrida para o hospital e encontra-se estável - fisicamente, pelo menos. O trauma psicológico? Esse vai demorar muito mais para cicatrizar.
A prisão foi quase imediata
Os policiais militares chegaram rápido demais para o agressor pensar em fugir. Ele foi detido no local mesmo, ainda portando a arma utilizada no crime. A perícia já confirmou: o revólver era ilegal, sem numeração visível. Mais um elemento sombrio nessa história.
O que leva alguém a apontar uma arma para quem divide a vida? As motivações ainda estão sendo apuradas, mas as primeiras informações indicam ciúmes e conflitos conjugais como estopim. Detalhes que, convenhamos, nunca justificam uma tentativa de assassinato.
O problema que insiste em se repetir
Esse caso não é isolado, infelizmente. Teresina, como tantas outras cidades brasileiras, vive uma epidemia silenciosa de violência contra a mulher. Só neste ano, a delegacia especializada já registrou dezenas de ocorrências similares - algumas com finais muito mais trágicos.
O delegado plantonista foi enfático: "Não vamos tolerar nenhum tipo de violência doméstica. A investigação está só começando e o responsável vai responder na justiça pelo que fez". O indivíduo, cuja identidade ainda não foi divulgada, já está à disposição da Justiça e deve responder por tentativa de homicídio e posse ilegal de arma.
Enquanto isso, a vítima recebe assistência médica e psicológica. Uma longa recuperação a espera, mas pelo menos com a garantia de que seu agressor não está solto. Um pequeno consolo diante de tanto horror.