Um suspeito de cometer um brutal feminicídio no município de Batalha, interior de Alagoas, foi finalmente capturado pela polícia no Mato Grosso, encerrando uma intensa investigação que cruzou fronteiras estaduais.
Crime chocante em bar
O caso remonta ao dia 14 de agosto, quando Maria José da Silva, de 38 anos, foi brutalmente assassinada a facadas durante uma discussão em um bar na cidade de Batalha. Testemunhas relataram que a vítima e o acusado, identificado como José Roberto Pereira, de 42 anos, teriam iniciado uma briga que terminou em tragédia.
Segundo investigações da Delegacia de Homicídios de Alagoas, o crime aconteceu por volta das 22h, quando o suspeito, após discussão acalorada, sacou uma arma branca e desferiu múltiplos golpes contra a vítima.
Fuga interestadual
Após o crime, José Roberto desapareceu, iniciando uma fuga que o levou a percorrer mais de 2.000 quilômetros até o estado do Mato Grosso. As investigações apontaram que o suspeito tentou se esconder na região central do país, acreditando estar longe do alcance das autoridades alagoanas.
"Acreditamos que ele escolheu o Mato Grosso por pensar que a distância geográfica dificultaria sua localização", explicou um delegado envolvido no caso.
Operação conjunta resulta em prisão
A captura só foi possível graças a uma operação coordenada entre a Polícia Civil de Alagoas e a Polícia Judiciária Civil do Mato Grosso. Após receberem informações precisas sobre o paradeiro do fugitivo, as equipes policiais montaram um cerco na região onde ele estava escondido.
A prisão ocorreu sem resistência na última terça-feira (4), pondo fim a quase três meses de buscas. O suspeito foi localizado e preso em flagrante, sendo imediatamente conduzido para a delegacia local para os procedimentos cabíveis.
Próximos passos
José Roberto permanecerá custodiado no Mato Grosso aguardando o processo de expedição e cumprimento do mandado de prisão preventiva, já decretado pela Justiça alagoana. A previsão é que ele seja transferido para Alagoas nas próximas semanas para responder judicialmente pelo crime de feminicídio.
O caso reforça a importância da integração entre as polícias estaduais no combate à violência contra a mulher e na perseguição de criminosos que cruzam fronteiras interestaduais tentando escapar da Justiça.