
Numa fala que misturou urgência e cobrança política, a ministra dos Direitos Humanos deixou claro: o combate à violência de gênero não pode ser só discurso. "Prefeitos têm papel fundamental nessa luta", disparou, com aquele tom de quem já cansou de promessas vazias.
Segundo ela — e os dados assustadores comprovam —, a cada 7 minutos uma mulher sofre agressão no Brasil. Setenta por cento desses casos acontecem dentro de casa. "E depois a gente ouve que 'em briga de marido e mulher não se mete a colher'?", questionou, com indignação.
O que os municípios podem (e devem) fazer
Não é só discurso. A ministra trouxe exemplos práticos:
- Criar delegacias especializadas que funcionem 24h — e não só no papel
- Capacitar agentes públicos para identificar sinais de violência
- Garantir abrigos dignos para vítimas em situação de risco
Ah, e tem mais: "Orçamento não pode ser desculpa", cutucou, lembrando que muitos municípios deixam verbas federais paradas por pura burocracia.
Casos que chocaram o país
Quem não se lembra daquele caso em Recife, onde a vítima fez 17 boletins de ocorrência antes do desfecho trágico? Ou da adolescente no interior de São Paulo que foi morta pelo ex-namorado — mesmo com medida protetiva?
"Isso não é falha do sistema. É sistema que falhou", disparou a ministra, com a voz embargada. E completou: "Prefeito que não age é cúmplice."
Duro? Talvez. Mas os números mostram que a situação exige medidas duras. Só no primeiro semestre deste ano, os feminicídios subiram 12% em relação a 2024. Doze por cento!
E a sociedade?
Aqui entra a parte que dói: "Enquanto tiver gente rindo de piada machista ou culpando a vítima, a gente não vai pra frente", alertou. E tem razão — quantas vezes você já ouviu um "mas o que ela fez pra provocar?" por aí?
O recado final foi claro: violência de gênero não é problema só da vítima. É de todos nós. E os prefeitos — que estão na linha de frente — precisam assumir essa responsabilidade. Já.