Era uma noite como qualquer outra em Goiás — até que o som alto de uma festa transformou tudo em pesadelo. O que começou com um simples pedido de respeito terminou em sangue. A vítima? Uma mulher que apenas queria dormir.
"Ela sempre foi educada, nunca arrumou confusão", diz o marido, com a voz embargada. "Mas dessa vez, alguém decidiu que a vida dela não valia nada."
O que realmente aconteceu?
Por volta das 23h, a vítima — cujo nome será preservado — bateu na porta da vizinha. Um gesto comum, certo? Errado. A resposta veio na forma de tiros. Dois. Três. Ninguém sabe ao certo — os vizinhos estavam muito ocupados fingindo que não ouviram nada.
"É revoltante", desabafa um morador local que preferiu não se identificar. "A gente vive com medo até de reclamar do barulho agora."
Justiça ou vingança?
O marido da vítima não quer apenas respostas — ele quer ação. "Isso aqui não é favela do Rio", dispara, com uma mistura de dor e raiva. "Se a polícia não fizer nada, quem vai nos proteger?"
Enquanto isso, a suspeita — sim, era mulher — continua solta. Aparentemente, em Goiás você pode atirar em alguém por causa de uma discussão sobre volume musical e ainda jantar em casa tranquilamente.
O silêncio que dói
Agora, a casa onde a vítima vivia está quieta demais. "Até o barulho eu preferiria ouvir", confessa o viúvo, segurando a foto do casamento. A ironia? A festa barulhenta continuou como se nada tivesse acontecido.
O caso já está sendo tratado como feminicídio — mas será que essa classificação vai trazer justiça de verdade? Ou vai ser só mais um número nas estatísticas?
