
Era uma tarde como qualquer outra em São Carlos — até que o telefone tocou. Do outro lado da linha, uma voz entrecortada contava o impensável: Bruna Rafaela, uma garota de 22 anos que todos descreviam como "aquela pessoa que iluminava o ambiente", não estava mais entre nós.
O motivo? Seu ex-namorado, um cara que ninguém imaginava capaz disso, decidiu que se ele não podia tê-la, ninguém mais teria. Três facadas no peito, num beco perto da casa dela, enquanto ela implorava por ajuda.
O que levou à tragédia?
Segundo vizinhos — aqueles mesmos que agora não conseguem dormir sem ouvir os gritos ecoando na memória — o cara não aceitava o fim. Mandava mensagem a todo hora, aparecia no trabalho dela, fazia aquela coisa clássica do "ou volta comigo ou...". Só que dessa vez, o "ou" veio com lâmina.
"Ela tinha medo, sim", conta uma amiga que pediu pra não ser identificada. "Mas quem imaginaria que ele faria isso? Ele sempre foi quieto, sabe? Daqueles que você nunca acha que..." A voz some, substituída por um silêncio que diz mais que palavras.
Os sinais que (quase) todos ignoraram
- Perseguição no Instagram — ele criava perfis falsos pra vigiar
- Ameaças veladas como "você não vai ser de mais ninguém"
- Aquela mania doentia de aparecer "por acaso" nos mesmos lugares
E agora? Agora tem uma família destruída, amigos que se perguntam se poderiam ter feito algo diferente, e um bairro inteiro olhando pro chão quando passa pelo local do crime.
A polícia — que já prendeu o assassino — diz que ele "não demonstra arrependimento". Enquanto isso, no mural de memórias que cresce a cada hora em frente ao prédio onde Bruna morava, alguém escreveu com letras trêmulas: "Até quando?".