Feminicídio choca Curitiba: mulher é assassinada a facadas dentro de pensionato
Feminicídio choca Curitiba: mulher morta em pensionato

Era pouco depois das 3h da madrugada quando os gritos ecoaram pelos corredores do pensionato na Rua João Negrão, no centro de Curitiba. O que começou como mais uma noite tranquila terminou em tragédia: uma mulher de 32 anos foi brutalmente assassinada a facadas — mais um caso de feminicídio que mancha as estatísticas do Paraná.

Segundo testemunhas (que preferiram não se identificar, claro — medo é compreensível), o agressor invadiu o local pulando o portão. "Ele vinha ameaçando ela fazia semanas", contou uma das residentes, ainda tremendo. "A gente até avisou a administração, mas..." A frase ficou no ar, como tantas outras advertências ignoradas.

O flagrante

Quando a Polícia Militar chegou — chamada pelos gritos das outras moradoras —, encontrou uma cena dantesca: o suspeito, de 35 anos, ainda segurava a faca ensanguentada. "Não me arrependo", teria dito ele, segundo o boletim de ocorrência. Detalhe macabro: era o ex-companheiro da vítima, com histórico de agressões.

O delegado responsável pelo caso, Marcelo Costa, não escondeu a revolta: "Isso aqui não é caso isolado. É o terceiro feminicídio só este mês na região metropolitana. Quando é que a sociedade vai acordar?". Pergunta retórica, sabemos. Enquanto isso, as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública mostram números que envergonham: aumento de 18% nesse tipo de crime no último ano.

O que dizem as autoridades?

  • O pensionato alega que "tomou as medidas cabíveis" após as ameaças (mas se recusou a detalhar quais)
  • A prefeitura prometeu "reforçar a rede de proteção" — aquela velha promessa
  • O suspeito, preso em flagrante, deve responder por feminicídio qualificado

Enquanto o corpo da vítima era removido, um detalhe chamou atenção: no chão, próximo à cena do crime, um caderno aberto com a frase "Ele prometeu me matar se eu terminasse". Previsível? Talvez. Evitável? Com certeza.

PS: O nome da vítima não foi divulgado a pedido da família. Já o assassino? Esse a gente mostra mesmo — Rodrigo Martins da Silva, 35 anos, desempregado, três passagens por lesão corporal. Padrão que se repete.