Feminicida morre após passar mal na prisão em SP
Feminicida morre após passar mal na prisão

Condenado por feminicídio morre na prisão

José Albert Menezes Santos, de 24 anos, condenado pelo feminicídio de Maria Carolina Almeida Vieira, sua companheira de 26 anos, faleceu após passar mal na prisão. O fato ocorreu no Complexo Penal de Potim, onde o jovem cumpria pena de 33 anos de prisão pelo crime ocorrido em setembro de 2023.

Detalhes da morte na prisão

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária, no dia 5 de novembro José Albert passou mal na unidade prisional. Ele foi atendido e encaminhado imediatamente para um hospital da região, onde veio a falecer três dias depois, em 8 de novembro.

A pasta informou que não foram fornecidas mais informações sobre questões de saúde por direito ao sigilo médico. Foi instaurado um procedimento apuratório para verificar as circunstâncias do ocorrido.

O Serviço de Assistência Social do Complexo Penal de Potim tem prestado apoio à família, inclusive intermediando a cobertura das despesas de translado e sepultamento. A secretaria destacou que o preso não indicou a existência de parentes em seu rol de visitas, o que dificultou o contato inicial com familiares.

O crime que chocou Santa Bárbara d'Oeste

O feminicídio ocorreu em setembro de 2023, quando José Albert matou Maria Carolina após uma discussão motivada por ciúmes. Segundo informações do delegado Gabriel Fagundes Toledo Netto, do 3º Distrito Policial, o casal teve uma discussão no dia 18 de setembro daquele ano, após o acusado desconfiar de uma suposta traição.

O crime foi cometido por asfixia - José Albert pegou a vítima pelo pescoço, mediante uma chave de braço, e a asfixiou dentro do imóvel do casal. O acusado permaneceu cerca de três horas com o corpo na residência antes de escondê-lo em um bueiro.

Na madrugada do dia 19 de setembro, por volta das 2h, ele levou o corpo até uma tampa de bueiro no Jardim Pérola, em Santa Bárbara d'Oeste, abriu a tampa que estava desencaixada e jogou o corpo dentro da galeria pluvial.

Descoberta do crime e condenação

O corpo de Maria Carolina foi encontrado quando um funcionário de uma empresa fazia manutenção no local. Moradores da região relataram à EPTV, afiliada da TV Globo, que um forte cheiro era sentido no local havia cerca de um mês.

José Albert foi preso em outubro de 2023 após trabalho de investigação e confessou o crime. O julgamento ocorreu em abril deste ano, resultando na condenação a 33 anos de prisão, além de multa e indenização de 100 salários mínimos para os filhos da vítima.

Na época da condenação, o advogado de defesa, Gustavo Mayoral Guimarães, afirmou ao g1 que faltavam "elementos investigativos contra o acusado" e que houve "violações graves no curso da ação e também na audiência de júri", recorrendo contra a sentença.

O sepultamento de José Albert ainda vai ocorrer, segundo informações da Secretaria da Administração Penitenciária.