Bigodini: Medida Protetiva Contra Ex-Namorada Antecede Acidente que Chocou Ribeirão Preto
Bigodini: medida protetiva antecede acidente grave

O caso do acidente envolvendo o humorista Bigodini ganhou contornos ainda mais dramáticos esta semana. E olha que a situação já estava longe de ser simples, se é que me entendem.

Pouca gente sabe — ou melhor, pouca gente sabia — mas apenas três dias antes daquele trágico acidente que virou notícia em toda Ribeirão Preto, o artista havia recorrido à Justiça. Não era brincadeira, não. Ele protocolou medida protetiva contra a própria namorada, Thaís Alquimim Peres. Sim, a mesma mulher que depois ele apontaria como estando ao volante quando o carro dele saiu da pista.

Os detalhes que surpreendem

O documento judicial, que tive acesso, é bastante revelador. Bigodini relatou à polícia — e isso foi no dia 27 de setembro, mark my words — que Thaís vinha demonstrando um comportamento, digamos, bastante agressivo. A coisa estava feia mesmo.

Ele contou aos investigadores que discussões rotineiras entre o casal tinham escalado para algo muito mais sério. E não era exagero. O humorista afirmou categoricamente que a ex-namorada já havia partido para a agressão física em mais de uma ocasião. Uma delas teria acontecido bem na frente da casa dele, imagina só o constrangimento.

O dia do acidente

Agora vem a parte que realmente faz a gente coçar a cabeça. Na madrugada do dia 30, segunda-feira, o carro de Bigodini — um Honda HR-V, prata — simplesmente saiu da estrada e capotou na Rodovia Antônio Machado Sant'Anna, km 23. O estrago foi considerável, pra não dizer assustador.

Quando os policiais chegaram — e isso é curioso — o humorista estava fora do veículo. E adivinha só quem ele disse que estava dirigindo? Exatamente: Thaís, a mesma mulher contra quem ele tinha conseguido aquela medida protetiva apenas 72 horas antes.

Parece roteiro de novela, mas infelizmente é a realidade.

O que a polícia está apurando

Os investigadores — e aqui é onde a coisa fica realmente interessante — não estão comprando a história tão facilmente. Eles têm suas dúvidas, e não são poucas.

  • Primeiro: como explicar que alguém que tem medida protetiva contra outra pessoa permite que essa mesma pessoa dirija seu carro?
  • Segundo: os danos no veículo sugerem uma velocidade bem acima do permitido — o que raios estariam fazendo na estrada naquela hora?
  • Terceiro: testemunhas relatam ter visto apenas uma pessoa no carro antes do acidente, mas isso ainda está sendo confirmado.

O delegado responsável pelo caso — que preferiu não se identificar — me disse, entre um gole de café e outro, que "as peças não estão se encaixando direito". E olha que ele já viu de tudo nessa vida.

O silêncio dos envolvidos

Bigodini, que normalmente é tão comunicativo nos palcos, está mantendo um silêncio quase absoluto sobre o caso. Até tentamos contato, mas nada. Do outro lado, Thaís também não se manifestou publicamente — o que, convenhamos, é compreensível dada a situação toda.

O que me deixa pensando é: será que temos aqui um caso de relacionamento abusivo que culminou num acidente? Ou será que há mais coisa por trás dessa história toda?

Uma coisa é certa: a polícia de Ribeirão Preto não vai descansar enquanto não entender exatamente o que aconteceu naquela estrada. E a gente fica aqui, na torcida para que a verdade — seja ela qual for — venha à tona.

Porque no fundo, no fundo, o que importa é que ninguém se machuque mais. E que a Justiça — essa sim — faça seu trabalho direito.