
A cidade de Guaxupé, no Sul de Minas, se prepara para um daqueles julgamentos que deixam marcas profundas na comunidade. Na terça-feira, 30 de setembro, a Justiça local deu início ao júri popular de um caso que, francamente, parece saído de um daqueles filmes tristes que a gente torce para nunca ver na vida real.
O réu? Um homem de 37 anos — nome tá sendo mantido em sigilo, como manda a lei. A acusação? Feminicídio qualificado. E o pior: tudo porque não soube lidar com o fim de um relacionamento.
O crime que chocou uma cidade pacata
Voltemos a 2022. Setembro, dia 10. A vítima — uma mulher de 32 anos que tinha reconstruído a vida — foi surpreendida pelo ex-companheiro na própria casa. A discussão começou, esquentou, e terminou de forma brutal: múltiplas facadas.
Imagina só a cena. Uma briga que começou com palavras duras e terminou com steel fria. Ela não resistiu aos ferimentos. Morreu no local, deixando para trás familiares e um novo amor que mal tinha começado.
O que levou a isso? Segundo a denúncia do Ministério Público, foi puro ciúme. Aquele sentimento doentio que some gente transforma em posse, como se pessoa fosse objeto. O ex não aceitava que ela seguisse em frente, que tivesse encontrado outra pessoa.
Os detalhes que tornam tudo mais cruel
O promotor Rafael Moreira Lima não poupou palavras ao descrever o crime como "violento e covarde". E realmente foi. A qualificadora de feminicídio se aplica não só pelo gênero da vítima, mas pela relação que existia entre eles — laços afetivos do passado que viraram armas no presente.
O que mais impressiona nesses casos é a frieza. O cara comete o crime e depois... some. Ficou foragido por um tempo, até ser localizado e preso em outubro daquele mesmo ano. Desde então, aguarda na cadeia o desfecho dessa história triste.
O que esperar do julgamento
O júri vai acontecer no Fórum Dr. Tancredo de Almeida Neves — ironia ou não, um espaço que leva o nome de alguém que lutou por justiça. A defensoria pública assumiu a case do acusado, enquanto o MP mineiro encabeça a acusação.
Os jurados vão ter que decidir baseados nas provas, é claro. Mas também nos depoimentos, nas perícias, no que restou desse relacionamento que terminou em tragédia.
É daquelas situações que a gente pensa: será que dá pra entender? Será que existe explicação? A verdade é que ciúme nunca justifica violência, muito menos morte. É um daqueles limites que, uma vez ultrapassados, não têm volta.
Enquanto isso, em Guaxupé, uma família chora sua perda e uma comunidade se pergunta como casos assim ainda acontecem. Em pleno 2025, ainda precisamos falar sobre feminicídio. Ainda precisamos de julgamentos como esse.
O caso segue sob sigilo judicial — detalhes mais específicos só devem vir à tona durante o próprio júri. Resta torcer que a Justiça seja feita, e que casos como esse sirvam de alerta para quem acha que ciúme é prova de amor.
Porque amor, o verdadeiro, não mata. Liberta.