Venezuelano some em Cuiabá: Família busca por pistas há 15 dias
Venezuelano desaparece em Cuiabá há 15 dias

Faz exatamente quinze dias que a vida da família Rodriguez parou. Quinze dias de angústia, noites em claro e um vazio que só quem já passou por algo assim consegue entender. O relógio não para, mas para eles, o tempo parece ter congelado na última vez que viram Yorman.

Yorman José Rodriguez Rivas, venezuelano de 22 anos, veio para o Brasil em busca do que tantos outros procuram: uma chance. Uma oportunidade de recomeçar longe da crise que assola seu país. Cuiabá deveria ser seu porto seguro, mas transformou-se no palco de um mistério que ninguém consegue decifrar.

O último dia

Era uma terça-feira comum, 23 de setembro. O calor característico de Cuiabá castigava, mas a vida seguia seu curso normal. Yorman estava no Residencial Jardim Itália, na região Leste da cidade - um lugar tranquilo, daqueles onde as pessoas ainda deixam as portas abertas para conversar com os vizinhos.

Ele saiu para resolver algumas coisas pela manhã e... simplesmente evaporou. Não voltou para casa, não deu notícias, não atendeu mais o telefone. Como se a terra tivesse engolido um jovem cheio de planos.

Desespero que cresce a cada hora

A irmã dele, Yosbri, está desesperada - e quem não ficaria? Ela conta que Yorman não tinha inimigos, não se metia em confusão. "Ele era tranquilo, ficava mais em casa", diz, com a voz embargada pela emoção. O celular dele, que antes tocava sem parar, agora cai direto para a caixa postal.

O que mais assusta é que isso não combina com o jeito dele. Yorman sempre avisava onde estava, com quem estava, quando voltaria. Somecer do mapa assim? Algo está muito errado.

As buscas

Enquanto a Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa Desaparecida (DHPP) assume o caso - o que, vamos combinar, não é exatamente um bom sinal -, familiares e amigos não cruzam os braços.

Eles percorrem hospitais, delegacias, abrigos. Qualquer lugar onde possam encontrar uma pista, por menor que seja. Publicam fotos nas redes sociais, batem de porta em porta. A esperança é a última que morre, mas tá dando trabalho manter ela viva.

Retrato de um desaparecido

Yorman tem 1,70m de altura, corpo esguio, cabelos e olhos castanhos escuros. Na última vez que foi visto, vestia uma calça jeans e uma camiseta preta - detalhes que parecem insignificantes, mas que podem fazer toda a diferença.

Se você está lendo isso em Cuiabá ou arredores, preste atenção nas pessoas ao seu redor. Às vezes a solução de um mistério está nos olhos de quem passa por nós no dia a dia.

E agora?

A Polícia Civil pede que qualquer informação, por mais boba que pareça, seja compartilhada. Ligue para o (65) 3929-3930. Pode ser que você tenha a peça que falta neste quebra-cabeça.

Enquanto isso, a família Rodriguez espera. Espera por um telefonema, por uma mensagem, por um milagre. Quinze dias é muito tempo quando alguém que você ama some sem explicação.