
Era pra ser um mentor, um guia para jovens talentos do futebol. Mas o que parecia um sonho virou pesadelo em Santa Catarina. Um treinador — cujo nome a polícia prefere não divulgar ainda — está atrás das grades acusado de usar sua posição para manipular adolescentes.
Segundo as investigações, o suspeito agia como um lobo em pele de cordeiro. Prometia chuteiras de marca, viagens para testes em clubes grandes e até contratos relâmpago. Tudo mentira. A realidade? Um jogo sujo de aliciamento que deixou famílias em choque.
O golpe do falso ídolo
Detalhes do caso são de arrepiar. O indivíduo — que se passava por "conectado" no meio futebolístico —:
- Criava perfis falsos em redes sociais
- Marcava encontros secretos com os garotos
- Usava linguagem de "amigo" para ganhar confiança
Pior: segundo relatos, alguns pais chegaram a pagar por supostos "treinamentos especiais". Uma jogada baixa, digna dos piores filmes sobre predadores.
Como a máscara caiu
Tudo começou a desmoronar quando um adolescente de 15 anos contou à família sobre mensagens estranhas. O treinador pedia fotos "para avaliar o físico" e insistia em conversas particulares. Alerta vermelho.
A delegacia especializada em crimes digitais entrou em ação rápido. Em menos de 48 horas, conseguiram:
- Rastrear os celulares usados
- Identificar pelo menos 8 vítimas
- Coletar provas irrefutáveis
O delegado responsável — que pediu para não ser identificado — foi direto: "É caso de manual. Predador que se aproveita da inocência e dos sonhos".
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso virou polêmica. Alguns torcedores locais chegaram a defender o acusado no início — "Ah, deve ser mal-entendido". Até verem as provas. Aí o silêncio foi geral.
Agora, a justiça catarinense trabalha para garantir que esse tipo de crime não fique impune. E um aviso fica: no mundo dos sonhos do futebol, nem todos que se dizem anjos da guarda são o que parecem.