Imagine começar um novo emprego cheia de esperanças e terminar o primeiro dia destruída emocionalmente? Foi exatamente isso que aconteceu com uma jovem de 22 anos numa farmácia de São Paulo. O pesadelo começou quando o gerente da unidade fez comentários absolutamente inacreditáveis.
"Você escureceu a loja" - essa pérola de racismo foi dita na frente de outros funcionários, sem qualquer pudor. Aconteceu numa farmácia da rede Droga Raia, na Zona Leste da capital paulista. A vítima, que preferiu não se identificar, ficou completamente chocada.
O dia que virou pesadelo
Ela contou tudo detalhadamente. Chegou animada, vestida adequadamente, pronta para aprender. Mal sabia que enfrentaria uma situação de humilhação racial. O gerente não só fez o comentário racista como depois tentou "explicar" que era brincadeira. Brincadeira? Sério mesmo?
O pior: ele continuou com mais pérolas. Disse que contratou ela "para mostrar que não era racista". Como se precisasse provar algo! A situação foi tão grave que a jovem precisou ser afastada por questões de saúde mental. O trauma foi enorme.
A empresa se manifesta
A Droga Raia emitiu uma nota dizendo que repudia qualquer forma de discriminação. Afirmou que o funcionário foi afastado e que estão apurando o caso. Mas a pergunta que fica é: até quando vamos ver casos assim no mercado de trabalho?
O caso viralizou nas redes sociais. Vídeos da vítima contando sua experiência já têm milhares de visualizações. O público está indignado - com razão. Muita gente compartilhou histórias similares, mostrando que infelizmente isso é mais comum do que deveria.
O que diz a lei
Racismo é crime inafiançável no Brasil. A vítima já procurou a Defensoria Pública e deve entrar com ação judicial. Além do processo criminal, há também questões trabalhistas envolvidas. Afinal, ninguém merece passar por isso no ambiente de trabalho.
O caso serve de alerta para outras empresas. Discriminação racial não pode ser tolerada - ponto final. E as consequências para quem comete esse tipo de crime estão ficando cada vez mais sérias.
Enquanto isso, a jovem tenta se recuperar do trauma. Seu primeiro dia de trabalho, que deveria ser memorável por motivos bons, virou uma lembrança amarga. Mas ela decidiu não se calar - e fez muito bem. Falar sobre esses casos é o primeiro passo para mudar essa realidade triste.
