Professor de futebol é investigado por abusos sexuais contra alunos em Araçatuba
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Araçatuba investiga um caso grave de supostos abusos sexuais cometidos por um professor de futebol contra crianças e adolescentes. Os crimes teriam ocorrido durante este ano, dentro das dependências da escola onde o suspeito trabalhava.
Mães denunciam e registram ocorrências
De acordo com informações apuradas pela reportagem, pelo menos três mães já procuraram a delegacia para relatar as denúncias e registrar boletim de ocorrência. Uma delas, que preferiu não se identificar, contou ao g1 como descobriu que seu filho de 12 anos poderia estar entre as vítimas.
A mulher explicou que soube dos abusos através da imprensa e percebeu que se tratava do mesmo treinador do seu filho. Diante da suspeita, ela resolveu questionar o menino sobre os treinos e o comportamento do professor.
Relato detalhado dos abusos
Segundo o depoimento da mãe, seu filho começou na escola de futebol em 2019 e narrou abusos semelhantes aos que foram divulgados na mídia. O menino revelou que o professor pedia para ele chegar mais cedo, às 14h, quando podia ficar sozinho com a vítima.
"Ele relatou detalhes, informando que o professor pedia para ele abaixar as calças. Ele forçava meu filho a beijar ele, abraçar ele e, quando precisava de carona, era a mesma coisa. Só que a gente não percebeu nada de diferente", desabafou a mãe.
O menino contou ainda que o treinador colocava filmes pornográficos e cometia o abuso em um galpão no clube. A situação fez com que a criança perdesse o entusiasmo pelos treinos e pedisse para sair do time.
Consequências e acompanhamento psicológico
O menino deixou de comparecer aos treinos em junho deste ano e atualmente faz acompanhamento psicológico para superar o trauma. Desde julho, a criança participa de treinos em outra escola, tentando reconstruir sua relação com o esporte.
A delegada da DDM, Luciana Pistori, confirmou que um inquérito policial foi instaurado e que a polícia vai começar a ouvir os pais dos alunos, testemunhas e o professor suspeito, que já foi identificado pelas autoridades.
Até o momento da última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso. O caso continua sob investigação da Delegacia de Defesa da Mulher de Araçatuba, que busca outras possíveis vítimas e reunindo provas para as próximas etapas do processo.