Uma tragédia familiar comoveu o estado da Paraíba nesta terça-feira (4), quando um homem de 39 anos confessou ter assassinado o próprio filho, um menino autista de 11 anos. O crime ocorreu na cidade de Bayeux, região metropolitana de João Pessoa, e revela uma história perturbadora que terminou em fatalidade.
O crime que chocou a família
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o pai confessou que asfixiou o filho até a morte usando as próprias mãos. O crime aconteceu na residência da família, enquanto a mãe da criança não estava em casa. O homem teria aproveitado a ausência da esposa para cometer o ato brutal.
Motivação do crime ainda em investigação
As autoridades policiais trabalham com duas possíveis motivações para o crime. A primeira seria relacionada às dificuldades enfrentadas pelo pai em lidar com o autismo do filho. A segunda linha de investigação aponta para um possível ciúme doentio em relação à atenção que a esposa dedicava ao menino.
"Ele demonstrou durante o depoimento certa dificuldade de lidar com a condição do filho", revelou o delegado Fábio Rangel, que comanda as investigações.
Como o crime foi descoberto
A tragédia veio à tona quando a mãe da criança retornou para casa e encontrou o filho sem vida. Ela imediatamente acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas os profissionais só puderam constatar o óbito do menino.
Diante das circunstâncias suspeitas, a polícia foi acionada e iniciou as investigações. O pai inicialmente tentou sustentar uma versão de que o filho havia passado mal, mas as inconsistências em seu depoimento levantaram suspeitas.
Confissão e prisão
Após horas de interrogatório, o homem não conseguiu manter a versão inicial e acabou confessando o crime. Ele revelou aos investigadores que utilizou a força física para asfixiar o próprio filho até que ele parasse de respirar.
O indivíduo foi preso em flagrante e encaminhado para o Complexo Penitenciário de Mangabeira, onde permanece custodiado. A Justiça já determinou a conversão da prisão em flagrante para preventiva.
Repercussão e apoio à família
O caso gerou comoção na comunidade local e levantou debates importantes sobre o apoio a famílias que convivem com o autismo. Especialistas destacam a importância de redes de apoio psicológico e social para prevenir tragédias como esta.
A polícia continua investigando todos os aspectos do caso, enquanto a família tenta lidar com a perda irreparável e as circunstâncias trágicas que cercam a morte do menino.