
A quietez daquela manhã de domingo em Sapé foi quebrada por uma descoberta que deixou a comunidade em estado de choque. Dois corpos, encontrados numa área de mata fechada, confirmaram o pior temor de muitos: tratava-se do casal de idosos que sumira sem deixar rastros.
Eram eles Antônio Ferreira da Silva, de 68 anos, e Maria do Socorro Silva, de 65. Vizinhos os descreviam como pessoas reservadas, daquelas que não davam trabalho a ninguém. "A gente até estranhou quando não os viu na missa de quinta-feira", comentou uma moradora que preferiu não se identificar, voz embargada pela comoção.
O desaparecimento que mobilizou a cidade
Tudo começou quando familiares deram o alarme - já fazia dias que não tinham notícias do casal. O sumiço não fazia sentido, afinal, eram pessoas de rotina previsível, hábitos simples. A comunidade se mobilizou, organizando buscas voluntárias enquanto a polícia trabalhava nas investigações.
E então, no último domingo, veio o desfecho trágico. Os corpos foram localizados numa região afastada, de acesso complicado. O Instituto de Polícia Científica (IPC) confirmou as identidades através de exames periciais, embora ainda não tenha divulgado as causas das mortes. Isso ainda está sendo apurado, segundo fontes da corporação.
Perguntas sem resposta
O que teria levado esse casal de idosos até uma área tão distante? Foi por vontade própria ou circunstâncias mais sombrias? A polícia mantém o caso em sigilo, investigando todas as possibilidades. As hipóteses vão desde acidente até - e aqui a voz baixa ao sussurrar - algo mais intencional.
Moradores da região contam que o local onde os corpos foram encontrados não é de passagem comum. "É um caminho que só quem conhece mesmo usa", relatou um homem que trabalha nas redondezas. A vegetação é fechada, o terreno irregular. Difícil imaginar dois idosos se aventurando por ali sem motivo forte.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios de Sapé, que deve liberar mais informações assim que concluir os exames periciais. Enquanto isso, a cidade tenta digerir a tragédia que tirou a vida de dois de seus moradores mais antigos.
Às vezes a vida prega essas peças terríveis - pessoas que passam décadas vivendo tranquilamente, e de repente partem em circunstâncias que ninguém consegue explicar direito. Resta à comunidade se unir no luto e aguardar respostas que talvez nunca venham.