
O que aconteceu com o casal de idosos que simplesmente evaporou de sua casa em Sapé? A pergunta, que já ecoa há dias, ganhou um desenvolvimento crucial nesta sexta-feira. A Polícia Civil deu um passo significativo - e decididamente moderno - na investigação.
O filho do casal, cuja identidade permanece sob sigilo, compareceu ao Instituto de Medicina Legal (IML) em João Pessoa. Lá, profissionais especializados coletaram amostras de seu material genético. Não foi um procedimento qualquer, mas sim uma peça-chave num quebra-cabeças doloroso.
Por trás dessa medida está um objeto encontrado durante as buscas. Algo que as autoridades não descrevem detalhadamente, mas que carrega potencialmente traços biológicos de alguém. Seriam vestígios de sangue? Talvez fios de cabelo? A polícia mantém os detalhes em segredo - e com razão.
Um silêncio que fala mais que palavras
O delegado responsável pelo caso evitou dar declarações bombásticas. "Estamos aguardando os laudos", disse ele, com a cautela típica de quem lida com esperanças familiares e rigores científicos. A verdade é que a genética não mente, e todos sabem disso.
Enquanto os peritos do IML se debruçam sobre as amostras, as buscas continuam. Homens da Força Tática e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) vasculham a região onde o casal vivia. Mata fechada, terrenos baldios, possíveis trilhas - nenhuma pista é pequena demais quando vidas estão em jogo.
O sumiço dos idosos completa quase uma semana. Cada hora que passa pesa como chumbo no coração dos familiares e amigos. A comunidade de Sapé, aquela típica cidade paraibana onde todo mundo se conhece, permanece de luto antecipado e esperança teimosa.
O que a análise do DNA trará? Respostas ou mais perguntas? A ciência trabalha agora nos bastidores, enquanto uma cidade inteira segura a respiração.