Crime de estupro de adolescente de 13 anos é descoberto em SC
Estupro de menor de 13 anos descoberto em SC

Um crime de estupro contra uma adolescente de apenas 13 anos foi descoberto no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, após o registro de nascimento da recém-nascida. A idade da mãe chamou a atenção dos funcionários do cartório, que imediatamente acionaram as autoridades.

Investigação revela abusos do padrasto

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) abriu uma investigação que revelou uma situação chocante: a jovem era violentada pelo próprio padrasto e engravidou em decorrência dos abusos sexuais. O homem foi preso preventivamente assim que as evidências foram comprovadas.

Após receber a comunicação do cartório, o MPSC solicitou a abertura de um inquérito policial e ajuizou uma ação civil pública para aplicação de medidas de proteção e suspensão do poder familiar. Tanto a adolescente quanto a bebê foram acolhidas institucionalmente e recebem acompanhamento psicológico e social especializado.

Falsas versões e conivência familiar

As investigações confirmaram que o padrasto abusava sexualmente da enteada e que a gravidez era resultado direto desses crimes. A paternidade foi comprovada através de exame de DNA, desmentindo versões falsas apresentadas pela família.

A promotoria verificou que a mãe da adolescente agiu com omissão e conivência com os crimes, chegando a sustentar histórias inverossímeis sobre um suposto abuso ocorrido na escola. Essas versões foram completamente desmentidas por relatórios da rede de proteção, do Conselho Tutelar e da própria unidade escolar frequentada pela vítima.

Atuação rápida do Ministério Público

"A atuação do Ministério Público começou a partir de um simples registro civil, mas evoluiu para uma resposta rápida diante de uma grave violação de direitos. Nossa prioridade foi garantir a segurança, o acolhimento e o amparo à adolescente e à criança, rompendo o ciclo de silêncio e violência", destacou a promotora de Justiça Patrícia Castellem Strebe, responsável pelo caso.

O processo tramita sob segredo de Justiça e o nome da cidade onde ocorreram os crimes não foi revelado para preservar a identidade da vítima. O caso serve como alerta para a importância da notificação imediata de suspeitas de violência sexual contra crianças e adolescentes.