
Era para ser mais uma terça-feira comum no Colégio da Polícia Militar de Valparaíso de Goiás, mas o que aconteceu por volta das 9h30 desta manhã vai marcar para sempre a memória de quem testemunhou a cena. Um adolescente de apenas 13 anos – sim, você leu direito, treze anos – sacou uma faca e desferiu nada menos que quatro golpes contra sua professora, no meio da sala de aula.
O clima, que minutos antes era de normalidade, transformou-se num pesadelo. Testemunhas ainda parecem não acreditar no que viram: o menino, sem qualquer motivo aparente, investiu contra a educadora enquanto ela ministrava sua aula. Quatro facadas. O sangue, o choque, o desespero.
Reação imediata e socorro
Diante do ataque brutal, a reação foi imediata. Funcionários da escola não perderam tempo e contiveram o adolescente ali mesmo, no local do crime. Enquanto isso, outros corriam para prestar os primeiros socorros à professora, que sangrava profusamente.
A Polícia Militar chegou rapidamente – coisa de minutos – e a cena que encontraram era digna de filme de terror: professora ferida, aluno contido, e uma sala de aula em estado de choque coletivo. O adolescente foi detido na hora. Detido. Aos 13 anos.
O que levou a isso?
Aqui é que a coisa fica ainda mais perturbadora: até onde se sabe, não houve motivação clara. Nada de briga anterior, nenhum desentendimento registrado, zero de reclamações prévias. Aparentemente, foi um ataque súbito, inexplicável, vindo do nada.
A professora, ainda sob choque, foi levada às pressas para o Hospital Municipal de Valparaíso. Felizmente – se é que podemos usar essa palavra numa situação dessas – os ferimentos não eram mortais. Ela passa bem, se é que "passar bem" é possível depois de ser esfaqueada quatro vezes por seu próprio aluno.
E agora?
O caso já está nas mãos da 5ª Delegacia de Polícia de Santa Maria, que vai investigar o que diabos aconteceu de fato. O adolescente, por ser menor de idade, foi encaminhado para a delegacia especializada.
Enquanto isso, a comunidade escolar tenta processar o acontecido. Como explicar o inexplicável? Como voltar à normalidade depois de um trauma desses? Perguntas que, por hoje, ficam sem resposta.
Uma coisa é certa: a violência nas escolas acaba de ganhar um capítulo novo e especialmente aterrador no Centro-Oeste brasileiro.