
Imagine você, uma simples estudante de enfermagem, tentando aprender na prática como salvar vidas – e de repente se vê sendo vítima de quem deveria ser seu exemplo. Pois é exatamente isso que aconteceu com uma jovem de 24 anos no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas.
O pesadelo começou durante um procedimento de rotina. Segundo relatos, o médico – vamos chamá-lo de Dr. X – simplesmente perdeu a cabeça. A guia de encaminhamento teria virado o estopim de uma fúria inexplicável. Ele agarrou o braço da estudante com uma força brutal, empurrou-a contra a parede… Credo! Que cena dantesca para um ambiente que deveria ser de cuidado.
E o pior veio depois. A coragem de denunciar trouxe consigo uma sombra pesada de medo. O marido da jovem, com a voz embargada, confessou: "Ela não quer mais voltar pra lá. Tem medo de encontrar ele de novo, de sofrer alguma represália".
O trauma que não sai
A gente até tenta imaginar o desespero, mas só quem passa sabe. A estudante está completamente abalada – e não é pra menos. Além das marcas físicas no braço (que sim, foram registradas num exame de corpo de delito), feriu algo muito mais profundo: a confiança.
E pensar que isso aconteceu num lugar público, na frente de outras pessoas! O que me faz perguntar: quantos casos assim ficam escondidos por aí?
E agora, José?
A Polícia Civil já abriu inquérito, claro. O tal médico vai responder por lesão corporal. O IML confirmou as lesões, então não tem como fugir. O Conselho Regional de Medicina também foi acionado – e tomara que tomem as providências cabíveis.
Mas entre nós? De pouco adianta punir se o medo continuar pairando. A estudante precisará de apoio psicológico, além do jurídico. E talvez – quem sabe – isso sirva de alerta para que outros profissionais repensem suas atitudes.
Porque no final das contas, hospital não é lugar de violência. É lugar de cura.