Adolescente grava crime brutal contra morador de rua em MG e posta nas redes sociais
Adolescente grava crime brutal e posta nas redes em MG

Um caso que chocou o Sul de Minas Gerais nesta semana expõe o lado mais sombrio da violência entre jovens. Segundo a Polícia Civil, um adolescente — cuja identidade não foi revelada — não apenas matou um homem em situação de rua com mais de 50 facadas, como ainda teve a frieza de gravar o crime e compartilhar o vídeo nas redes sociais.

Detalhes macabros: o ataque aconteceu num beco mal iluminado de Varginha, cidade conhecida pelo café mas que agora vira manchete por motivos que ninguém gostaria. A vítima, segundo fontes policiais, era um homem de aproximadamente 40 anos que vivia nas ruas há pelo menos dois anos — invisível para muitos até virar estatística brutal.

"Não parecia arrependido", diz delegado

O delegado responsável pelo caso, em entrevista coletiva, usou palavras raras em boletins oficiais: "Foi um dos crimes mais cruéis que vi em 23 anos de carreira. O adolescente agiu com frieza cinematográfica, como se estivesse em um jogo".

E o pior? Aparentemente, o menor — que segundo testemunhas tinha histórico de brigas na escola — cometeu o crime para "ganhar status" entre colegas. Sim, você leu certo. Num mundo onde likes valem mais que vidas, a barbárie virou moeda de troca.

As contradições do caso:

  • Vídeo foi postado inicialmente num grupo privado do WhatsApp
  • Autor apagou o conteúdo 17 minutos depois — tempo suficiente para viralizar
  • Polícia rastreou o IP através de denúncias anônimas
  • Familiares do adolescente afirmam que ele "nunca deu trabalho"

Enquanto isso, nas ruas de Varginha, o clima é de perplexidade. Dona Marta, dona de um boteco perto do local do crime, comentou enquanto arrumava as cadeiras: "Todo dia via ele pedindo um café. Agora o povo fala como se conhecesse a vida toda dele. Hipocrisia, né?".

O caso reacende debates sobre redução da maioridade penal e o papel das redes sociais na banalização da violência — mas, como sempre, as discussões parecem longe de qualquer solução concreta. Enquanto isso, o adolescente está sob custódia na Fundação Casa, e a pergunta que fica é: quantos casos como esse precisam acontecer para que algo mude?