
Não é de hoje que os corredores dos hospitais públicos do Distrito Federal viraram terra de ninguém — e não estamos falando só da pandemia. Enquanto médicos lutam contra o relógio para salvar vidas, bandidos de plantão fazem a festa com pertences de pacientes e até equipamentos médicos. Vergonhoso, não?
Na última semana, pelo menos três novos casos pipocaram em diferentes unidades. Um celular sumiu da mesa de cabeceira enquanto o paciente dormia. Um notebook desapareceu da sala de enfermagem como por encanto. E o pior: um carregador de marca-passo foi levado — sim, você leu certo — de uma UTI.
"É um desrespeito com quem está sofrendo"
Dona Maria, 62 anos, que prefere não revelar o sobrenome, teve o remédio da pressão furtado enquanto fazia exame. "Coloquei a bolsa do lado da maca por dois minutos. Quando voltei, já era", conta, ainda abalada. "Não é pelo valor, é pela falta de humanidade."
Funcionários relatam que os ladrões agem com familiaridade:
- Vestem jalecos brancos para passar despercebidos
- Circulam livremente pelos corredores em horários de pico
- Conhecem os pontos cegos das câmeras de segurança
"Tem dias que parece o faroeste", brinca (sem graça) um segurança que pediu anonimato. "A gente prende, a polícia leva, e no dia seguinte estão lá de novo."
O que dizem as autoridades?
A Secretaria de Saúde prometeu reforçar a vigilância com:
- Mais câmeras em áreas estratégicas
- Rondas policiais aleatórias
- Sistema de identificação para visitantes
Mas sabe como é — promessa de político é igual a soro fisiológico: todo mundo sabe que existe, mas ninguém vê funcionando direito. Enquanto isso, pacientes continuam sendo vítimas duas vezes: pela doença e pela insegurança.
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