
O Oeste do Pará acordou diferente nesta segunda-feira. Bem diferente. Enquanto a maioria dos moradores preparava o café da manhã, a Polícia Militar colocava em marcha uma daquelas operações que ficam na história — a Operação Vanguarda, como estão chamando.
E olha, não foi pouca coisa não. Imagina só: 13 municípios praticamente de uma vez só, com quartéis sendo esvaziados e mais de 200 presos sendo transferidos para outras unidades. Uma logística que daria frio na barriga de qualquer planejador, mas que a PM executou com uma precisão impressionante.
O que está rolando de verdade?
Parece que a estratégia é bem pensada — e arriscada. Ao concentrar os detentos em menos locais, a polícia libera efetivo que antes ficava só vigiando quartéis. Agora, esses homens e mulheres estão nas ruas, aumentando a presença do estado em áreas que, convenhamos, precisam desesperadamente.
Os números dão vertigem: 600 policiais mobilizados, 13 quartéis envolvidos, e uma região inteira sob atenção redobrada. Santarém, claro, está no centro de tudo isso. Mas não só — Altamira, Itaituba e outros municípios importantes também sentem o baque da operação.
Por trás dos números
O que me chamou atenção foi o timing. Segunda-feira de manhã, horário comercial começando — quem planejou isso sabe das coisas. O elemento surpresa sempre foi o melhor amigo das operações bem-sucedidas.
E os presos transferidos? Bom, a maioria tinha perfis que... bem, digamos que não eram dos mais tranquilos. Muitos com ligações com facções criminosas que atuam na região. A transferência quebra rotinas, interrompe comunicações, desestabiliza — e isso pode ser muito bom para o lado da lei.
Ah, e tem mais: as estradas estão com operações de fiscalização intensificadas. Blitze por todo lado, veículos sendo revistados, aquele clima de 'nada passa despercebido'. Para quem anda na lei, ótimo. Para quem não anda... bom, melhor repensar os planos.
O que esperar dos próximos dias?
Operações assim são como pedras em lago parado — os efeitos se espalham. É provável que vejamos:
- Mais prisões nos próximos dias conforme a inteligência trabalha
- Desarticulação de esquemas que dependiam da comunicação entre presos
- Aumento visível do policiamento nas ruas — e esperamos que de segurança também
- Possíveis reactions de grupos criminosos, infelizmente
O governador Helder Barbalho deu o aval — na verdade, mais que isso, ele praticamente abraçou a operação publicamente. Sinal de que há um compromisso político por trás, o que sempre ajuda (ou deveria ajudar).
Enquanto isso, nas ruas das cidades envolvidas, a população observa. Com esperança, com cautela, com aquela pitada de ceticismo que quem vive no Pará conhece bem. Resta torcer para que dessa vez os resultados sejam duradouros — e não apenas mais um furacão que passa e deixa tudo como estava.
Porque no final das contas, o que importa mesmo é se amanhã as pessoas vão poder sair de casa mais tranquilas. O resto é detalhe.