Empresário que assassinou gari em BH se declara 'cristão, marido e patriota' — caso choca Brasil
Empresário mata gari em BH e se diz 'cristão e patriota'

Era uma terça-feira comum em Belo Horizonte quando o inesperado aconteceu — daqueles fatos que fazem você segurar a respiração ao ler. Um gari, homem simples que mal completara 42 anos, foi executado com tiros à queima-roupa. E o autor? Um empresário de meia-idade que, horas depois, se descreveria nas redes sociais como "cristão devoto, pai exemplar e patriota".

O contraste é de doer. Enquanto a família da vítima — que sequer teve tempo de se despedir — chorava no IML, o acusado dava entrevistas falando em "legítima defesa". Só que as câmeras de segurança contam outra história: mostram uma agressão gratuita, um homem desarmado sendo perseguido antes dos disparos.

Os detalhes que perturbam

Testemunhas ouvidas pela polícia disseram que o empresário — dono de uma loja de materiais de construção — discutiu com o gari por causa de lixo acumulado perto do estabelecimento. "Foi tudo muito rápido", conta uma vendedora que pediu anonimato. "Um minuto estavam discutindo, no outro ouvi os tiros."

O que mais choca:

  • O assassino teria esperado a vítima terminar o turno
  • Usou uma arma registrada — supostamente para "defesa pessoal"
  • Antes de fugir, olhou nos olhos de testemunhas petrificadas

Nas redes, o perfil do acusado é um festival de contradições: fotos em igrejas, frases bíblicas e até elogios a autoridades. "Ele sempre se mostrou um cidadão de bem", disse um vizinho, ainda atordoado. Outros, porém, relatam explosões de raiva por motivos banais.

Justiça sob pressão

O Ministério Público já classificou o caso como homicídio qualificado — e pediu prisão preventiva. "Não há indícios de legítima defesa", afirmou o promotor responsável, em coletiva tensa. Enquanto isso, movimentos sociais planejam protestos: "É a violência do privilegiado contra quem trabalha", bradou um líder comunitário.

O que vem pela frente? Uma batalha jurídica que promete acirrar ânimos. O advogado de defesa — conhecido por casos polêmicos — já fala em "transtorno mental temporário". A família do gari, por sua vez, quer justiça: "Era o sustento da casa", soluça a viúva, segurando o uniforme sujo de sangue.

Enquanto isso, nas ruas de BH, garis fazem seu trabalho sob olhares mais atentos. Um deles, que não quis se identificar, resumiu o clima: "Hoje a gente varre o chão, mas quem varre a maldade dos homens?"