Viúva relata pesadelo após assassinato brutal do marido em Presidente Prudente: 'Imagens nunca vão sair da minha mente'
Viúva relata pesadelo após assassinato brutal em Presidente Prudente

Ela ainda sente o cheiro de ferro no ar quando fecha os olhos. Os socos do destino — aqueles que a vida dá sem aviso — deixaram marcas mais profundas que qualquer ferramenta poderia causar. "A gente nunca acha que vai virar estatística", diz a viúva, com a voz embargada, enquanto segura uma xícara de café que já esfriou há horas.

O caso, que balançou Presidente Prudente esta semana, tem detalhes que até os investigadores mais experientes consideram "fora da curva". Um rapaz na flor da idade, morto de maneira tão violenta que os peritos precisaram de três turnos para catalogar todas as evidências.

O que se sabe até agora:

  • Vítima tinha 28 anos e trabalhava na construção civil
  • Crime ocorreu na periferia da cidade, em área industrial
  • Corpo apresentava múltiplos ferimentos causados por objetos contundentes
  • Motivação ainda não foi divulgada pela polícia

"Quando me disseram, pensei que era pegadinha de mau gosto", conta a viúva, esfregando as mãos como se tentasse apagar algo invisível. "Mas aí vi... e aquilo ficou queimado na minha retina." A voz dela some por um instante, engolida por uma memória que nenhum ser humano deveria carregar.

Os vizinhos — aqueles que ainda têm coragem de falar — descrevem sons "de metal batendo em coisa mole" na madrugada do crime. Um deles, aposentado que prefere não se identificar, jurou ter ouvido risadas. "Desse tipo que faz a espinha gelar", completa, cruzando os braços como se sentisse frio.

Investigacao a todo vapor

Enquanto isso, a delegacia responsável virou um formigueiro humano. Dois investigadores principais, quatro auxiliares e uma equipe de perícia que não dorme direito desde segunda-feira. "Temos pistas sólidas", adianta um dos delegados, sem querer dar detalhes que possam atrapalhar o trabalho. O que ele confirma: não foi crime passional. "Tem cheiro de acerto de contas", murmura, antes de se recolher à sala de interrogatórios.

A viúva, por sua vez, tenta reconstruir a vida com os cacos que sobraram. "Ele ia ser pai", revela, mostrando uma ecografia guardada na carteira. O exame que deveria ser motivo de alegria agora é lembrança do futuro roubado. "Como vou explicar pro meu filho que o pai dele virou manchete de jornal?"

Enquanto a cidade tenta digerir mais esse caso de violência extrema, uma pergunta fica no ar: até quando histórias como essa vão continuar sendo "notícia comum" no interior paulista?