
Não deu outra. O sábado em Caruaru amanheceu com aquele clima pesado que ninguém consegue disfarçar. Mais um capítulo trágico na escalada de violência que teima em assombrar a região. Dessa vez, a cidade registrou não um, mas três episódios brutais que deixaram a população em verdadeiro estado de choque.
Por volta das 6h da manhã—sim, bem cedinho—um homem foi encontrado sem vida na Rua São Sebastião, no bairro da Divinéia. Os primeiros relatos são confusos, mas testemunhas ouvidas pelo G1 contaram ter escutado disparos. A vítima, ainda não identificada, foi atingida por vários tiros. O cenário era desolador. Quem passa por ali nem imagina o que aconteceu horas antes.
Duas tentativas e uma pergunta: até quando?
Pouco depois, por volta das 7h30, outro caso veio à tona. Dessa vez na Rua Antônio Basílio, no bairro do Riachão. Dois homens—um de 22 e outro de 27 anos—foram baleados dentro de um carro. Sim, dentro do veículo. Os suspeitos chegaram atirando, não deu tempo de reação. Os dois foram levados às pressas para o Hospital da Restauração e, pelo que soube, seguem internados. Estável? Nem tanto. Mas vivos.
E como se não bastasse, um terceiro episódio—dessa vez na madrugada de sábado—completa o triste cenário. Um adolescente de 17 anos foi atingido por um disparo na perna, no bairro de São João da Escócia. Os detalhes são poucos, mas a motivação… ah, a motivação parece ser a mesma de sempre: ajuste de contas.
O que dizem as autoridades?
A Polícia Civil confirmou que está investigando os casos—óbvio—mas até o momento não há suspeitos nomeados. Nenhum dos envolvidos nas tentativas de homicídio quis prestar queixa, o que, convenhamos, não é exatamente uma surpresa nessas situações. Medo? Intimidação? Quem sabe.
O mais preocupante é que isso não é um fato isolado. É sintoma de algo maior, uma violência urbana que se espalha feito rastro de pólvora. E a pergunta que fica é: o que está sendo feito—de verdade—para frear isso?
Enquanto isso, Caruaru segue tentando encontrar normalidade em meio ao caos. Mas dias como esse deixam marcas. E perguntas. Muitas perguntas.