Aumento alarmante de roubos de celular preocupa moradores do Pechincha
Os moradores do bairro Pechincha, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, estão enfrentando uma situação de insegurança crescente devido ao aumento significativo de roubos de celulares na região. Dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que os casos dispararam, passando de 52 ocorrências em outubro do ano passado para 82 no mesmo mês deste ano.
Este crescimento representa um aumento de quase 60% na criminalidade relacionada a aparelhos celulares no bairro. Os números oficiais confirmam a percepção dos residentes, que relatam uma escalada na violência e na frequência dos assaltos.
Modus operandi: criminosos atuam em dupla com motos
As ocorrências registradas mostram um padrão comum: criminosos agindo em dupla utilizando motocicletas. As câmeras de segurança da região têm captado imagens desses crimes, que vêm ocorrendo com frequência alarmante.
Um caso emblemático aconteceu na noite da última quinta-feira (27), quando uma advogada passeava com seu cachorro pela Rua Coronel Thedim. Dois homens em motos cercaram a vítima, com um deles levantando a camisa para mostrar a arma que carregava.
"Ele falava que ia me matar porque queria a senha. Os dois me cercaram o tempo inteiro até eu entrar no prédio", relatou a mulher, que teve seu celular levado pelos assaltantes.
Rastreamento revela destino dos aparelhos roubados
O caso da advogada foi registrado na delegacia, e o rastreamento do chip do aparelho mostrou que o celular apareceu na Avenida Brasil, na altura de Campo Grande, poucas horas após o assalto. Esta informação sugere uma rede organizada por trás dos roubos.
Em outra ocorrência chocante, uma mãe e sua filha voltavam da feira quando foram cercadas por dois homens em duas motos. Durante a tentativa de fuga, uma delas caiu no chão enquanto os bandidos puxavam sua bolsa para pegar o celular.
"Ele disse que só sairia com a chave", contou a funcionária pública Jane Loureiro, que sofreu a queda durante o assalto.
Moradores se sentem vulneráveis e limitados
A situação tem causado grande apreensão entre os residentes do Pechincha. De acordo com relatos, foram três crimes registrados apenas nos últimos dois meses, criando um clima de medo constante.
"A gente não está tendo o direito de ir e vir, porque eles estão assaltando o tempo inteiro, indiscriminadamente, qualquer um. Se eles veem alguém na rua é assalto na certa", desabafou a estudante Juliane Dutra.
A Polícia Civil informou que a 41ª DP (Tanque) está trabalhando para identificar os assaltantes e orienta a população a registrar todas as ocorrências para que os casos possam ser devidamente investigados.