Caso em Serrana: Vinho com soda cáustica deixa mulher em estado grave
Uma mulher de 59 anos encontra-se internada em estado grave no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto após supostamente ingerir vinho misturado com soda cáustica. O incidente ocorreu na cidade de Serrana, no interior de São Paulo, e desde sexta-feira (7 de novembro) a vítima permanece hospitalizada.
Investigação muda de rumo
Inicialmente tratado como um acidente doméstico, o caso agora é investigado pela Polícia Civil como tentativa de homicídio. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a mulher começou a sentir fortes dores abdominais e teve episódios de vômito imediatamente após consumir a bebida.
Familiares relataram às autoridades que a vítima poderia ter confundido a soda cáustica com a bebida alcoólica. No entanto, novas informações levantaram suspeitas sobre uma possível adulteração intencional do vinho.
Perícia coleta evidências
Peritos criminais recolheram para análise uma garrafa de vinho e um pote com restos de soda cáustica na residência da mulher. Exames laboratoriais em andamento devem confirmar se houve contaminação proposital da bebida.
A soda cáustica, cientificamente conhecida como hidróxido de sódio, é uma substância extremamente corrosiva utilizada principalmente em:
- Limpezas industriais
- Fabricação de sabão
- Desentupimento de canos
Quando ingerida, pode causar queimaduras severas em todo o sistema digestivo e levar ao óbito.
Alerta nacional sobre bebidas adulteradas
Este caso em Serrana reforça a preocupação das autoridades brasileiras com a adulteração de bebidas. Em outubro, o Ministério da Saúde registrou 195 suspeitas de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas, com pelo menos 13 mortes confirmadas, a maioria no estado de São Paulo.
Segundo o governo federal, parte das bebidas contaminadas pode ter origem em destilarias ilegais que utilizam metanol, substância tóxica normalmente empregada na indústria de combustíveis. A situação teria se intensificado após o fechamento de empresas e transportadoras ligadas ao crime organizado, que passaram a desviar o produto para a produção clandestina.
O caso reforça a importância da fiscalização e da conscientização da população sobre o consumo responsável de bebidas, especialmente aquelas sem controle de origem adequado.