
A noite de segunda-feira, que prometia ser tranquila em Bertioga, transformou-se num pesadelo. Tudo aconteceu por volta das 21h30, numa rua residencial do bairro Jardim Vicente de Carvalho — um daqueles lugares onde você nunca imagina que a violência vai bater à porta.
Dois homens — a polícia ainda trabalha para identificá-los — abordaram a vítima de forma brutal. A conversa, se é que pode-se chamar assim, durou segundos. Um disparo ecoou na escuridão, atingindo o rosto do homem. Os criminosos, então, fugiram como fantasmas, deixando para trás uma cena de horror.
A corrida contra o tempo
O socorro chegou rápido, mas a situação já era crítica. A equipe do Resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) fez o que pôde no local. O ferimento era gravíssimo — um tiro no rosto não dá margem para otimismo.
Transportaram o homem às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bertioga. Os médicos lutaram, tentaram o impossível. Mas às 22h40, cerca de uma hora após o crime, veio a confirmação temida: ele não resistiu.
O que sobrou do crime
A Polícia Militar isolou a área e colheu o que pôde. Testemunhas? Poucas, e assustadas. Quem viu algo prefere não se meter — e quem pode culpá-los, nesse Brasil onde a lei do silêncio muitas vezes é questão de sobrevivência?
Os investigadores agora trabalham com algumas pistas, mas a verdade é que o caso esfria a cada hora que passa. A perícia foi acionada, claro, mas você sabe como é: recursos limitados, prioridades que se multiplicam.
Mais um número na estatística
O homem morto sequer teve a identidade revelada — aguardam a família. Tornou-se mais um na longa lista de vítimas da violência que assola nosso litoral. Bertioga, que deveria ser refúgio de paz, mostra suas feridas mais uma vez.
E a pergunta que fica, ecoando na noite: quando é que vamos conseguir quebrar esse ciclo de violência? Porque no fundo, todo mundo sabe — poderia ter sido qualquer um de nós.