Liberdade Breve: Homem é Executado em MT Menos de 48h Após Deixar Prisão | G1 MT
Executado em MT menos de 48h após deixar prisão

Não deu tempo nem de respirar o ar livre direito. Em menos de 48 horas após cruzar os portões do sistema prisional, um homem de 32 anos teve sua liberdade — e sua vida — interrompidas de forma brutal e violenta. O caso, que está deixando a população de Cuiabá em estado de choque, aconteceu na noite de domingo (31), no Jardim União, e tem tudo aquela cara de acerto de contas que a gente já viu demais por aí.

Segundo as primeiras informações que correram soltas pela delegacia, a vítima — cujo nome a polícia preferiu não divulgar para não atrapalhar as investigações — foi surpreendida por pelo menos dois indivíduos que chegaram atirando. E não foi um tiro só, não. Foram vários. Uma execução à queima-roupa, daquelas que não deixam margem para dúvida sobre a intenção de quem puxou o gatilho.

Um passado que provavelmente alcançou o presente

Eis que a gente vai fuçar um pouco o histórico do caso — e a coisa fica ainda mais sombria. O homem executado não era nenhum santinho. Longe disso. Ele estava atrás das grades justamente por envolvimento com tráfico de drogas e… homicídio. Sim, a ironia cruel do destino é de cortar o fôlego. Saiu da cadeia por um triz e foi vítima do mesmo tipo de violência que provavelmente praticou.

A Polícia Civil já está com as investigações a todo vapor, tentando desvendar quem ordenou e quem executou o crime. As linhas de investigação, como era de se esperar, apontam para uma possível retaliação ou acerto de contas do mundo do crime. Afinal, nesse meio, dívidas — e desavenças — raramente são esquecidas.

O cenário do crime

O lugar escolhido para a ação foi a Rua das Gameleiras, uma via residencial que deveria ser tranquila, mas que se transformou em palco de mais um episódio de violência urbana. Os vizinhos, assustados, ouviram os disparos e chamaram a polícia. Quando os agentes chegaram, era tarde demais. O corpo do homem já estava sem vida, marcado pela violência dos tiros.

Nenhum suspeito foi preso até agora. A perícia foi acionada e recolheu as cápsulas dos projéteis no local — pistas cruciais que podem levar aos autores. Enquanto isso, o clima na região é de medo e apreensão. Porque quando uma execução dessas acontece na sua porta, fica aquele questionamento angustiante: será que foi caso isolado? Ou a violência está mesmo batendo de porta em porta?

O caso serve como um triste e duro lembrete de um ciclo que parece não ter fim: a justiça que tarda, a prisão que não ressocializa, e a violência que, invariavelmente, chama mais violência. Uma equação sangrenta que ninguém, até agora, conseguiu resolver.