23 anos sem respostas: o mistério do desaparecimento da menina de Votuporanga que chocou o Brasil
23 anos do desaparecimento de menina em Votuporanga

Era um dia que deveria ser de festa. 28 de julho de 2002, aniversário de 8 anos de uma garotinha cheia de vida em Votuporanga, interior paulista. Mas o que começou como celebração virou pesadelo — daqueles que não acabam nem com o passar dos anos.

O sumiço inexplicável da criança completa hoje 23 longos anos. Vinte e três invernos, verões, primaveras. Vinte e três Natal sem presentes, Páscoa sem chocolates. Vinte e três aniversários que a família marca com velas não sopradas.

O dia que mudou tudo

Testemunhas da época — hoje com vozes trêmulas pelo peso do tempo — lembram que ela brincava perto de casa quando desapareceu. "Sumiu como fumaça", diz uma vizinha que prefere não se identificar. As buscas começaram imediatamente, mas... nada. Nem vestígio, nem pista, nem explicação.

O caso ganhou as páginas dos jornais, mobilizou a polícia, virou tema de programas de TV. Até hoje, especula-se sobre o que realmente aconteceu naquela tarde cinzenta de inverno. Sequestro? Acidente? Algo ainda mais sinistro?

As marcas que o tempo não apaga

Na casa da família, as paredes ainda exibem fotos da menina — congelada no tempo, eternamente criança. "A gente não desiste", diz um tio, com aquele misto de raiva e resignação que só quem vive esse inferno conhece. "Mas dói. Dói muito."

A delegacia regional mantém o caso aberto, teoricamente. Na prática, as pistas esfriaram há décadas. De tempos em tempos, surgem novas teorias nas redes sociais — algumas plausíveis, outras absurdas. Nenhuma levou a lugar algum.

Enquanto isso, Votuporanga segue sua vida. A cidade cresceu, mudou. Mas para alguns, o relógio parou em 2002. E a pergunta ecoa, sem resposta: onde está a menina que um dia sorriu para as câmeras no seu aniversário de 8 anos?