
A plataforma X, antigo Twitter, decidiu recorrer da decisão judicial que determinou a suspensão dos perfis da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A empresa argumenta que a medida configura censura e fere a liberdade de expressão.
O caso ganhou destaque após Zambelli publicar conteúdos considerados ofensivos e difamatórios. A Justiça acatou um pedido de liminar e ordenou a suspensão dos perfis da parlamentar na plataforma.
X alega violação de princípios fundamentais
Em seu recurso, a X afirma que a decisão judicial ultrapassa os limites legais e representa uma interferência indevida no direito à liberdade de expressão. A empresa destaca que, como plataforma digital, não pode ser responsabilizada pelo conteúdo publicado por terceiros.
"A suspensão de perfis com base em conteúdo específico cria um precedente perigoso para a liberdade de expressão na internet", argumenta a empresa no documento.
Repercussão política
O caso reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão nas redes sociais e o papel das plataformas digitais na moderação de conteúdo. Defensores de Zambelli veem a decisão como perseguição política, enquanto críticos afirmam que a parlamentar ultrapassou os limites do discurso aceitável.
Especialistas em direito digital apontam que o caso pode estabelecer jurisprudência importante para futuros conflitos entre liberdade de expressão e responsabilidade por conteúdo nas redes sociais.
Próximos passos
O recurso da X será analisado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Enquanto isso, os perfis de Zambelli permanecem suspensos na plataforma. O desfecho do caso pode influenciar a forma como as redes sociais lidam com conteúdo político controverso no Brasil.