
Eis que o cenário político de Terenos vira de cabeça para baixo numa sexta-feira nada comum. A deflagração da Operação Omertà — sim, o nome é mesmo sugestivo — culminou na prisão do prefeito Henrique Budke, acusado de desviar nada menos que R$ 2,3 milhões dos cofres públicos. Um rombo que deixaria qualquer contribuinte de cabelos em pé.
O Ministério Público Estadual, com aquela precisão cirúrgica que só mesmo em operação bem planejada, aponta irregularidades graves em contratos de publicidade. A suspeita? Que o gestor comandava um esquema onde dinheiro que deveria servir à população sumia como água no deserto.
Transição de poder em tempo recorde
Enquanto Budke responde às acusações na cadeia, o vice-prefeito, Ednaldo Domingos, pega o touro a unhas. Assumiu interinamente e já soltou a frase que todo mundo queria ouvir: "transparência total daqui para frente". Será? O tempo — e a prestação de contas — dirão.
Numa dessas ironias do destino, Domingos herda uma prefeitura sob os holofotes da justiça. E olha que o trabalho não será moleza: além de administrar o município, terá que colaborar com as investigações e, quem sabe, desatar os nós deixados pelo antecessor.
As repercussões não param por aí
A operação não pegou apenas o prefeito. Dois secretários municipais também foram alvo dos mandados — um deles responsável pela área administrativa, justamente onde o calo aperta. A população, claro, fica ali entre o alívio de ver a justiça agir e a preocupação com o que mais pode vir à tona.
Ah, e detalhe: tudo isso sob o olhar atento do Tribunal de Justiça de MS, que determinou a prisão preventiva de Budke. A medida cautelar não foi por acaso; o risco de ele atrapalhar as investigações era considerado alto demais.
Resta agora aguardar os próximos capítulos. A operação segue em andamento, e ninguém duvida que novas revelações possam surgir. Enquanto isso, Terenos tenta encontrar seu rumo sob nova liderança — esperando, quem sabe, por dias mais tranquilos e transparentes.