
O governador Tarcísio de Freitas soltou uma que, convenhamos, não passa despercebida. Em meio a questionamentos sobre a fiscalização de bebidas adulteradas no estado, ele simplesmente deixou escapar: "Vou me preocupar quando falsificarem a Coca-Cola". A fala, que já está correndo solta por aí, aconteceu durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira.
Não é todo dia que um político faz uma declaração dessas, não é mesmo? A comparação com a gigante dos refrigerantes surgiu como uma espécie de termômetro para a gravidade do problema. Parece que, na visão do governador, enquanto não atingirem as grandes marcas internacionais, a situação não chega ao nível de alerta máximo.
O contexto da polêmica
A verdade é que o assunto das bebidas falsificadas não é brincadeira. Recentemente, a Polícia Civil apreendeu uma quantidade considerável de drinks pirateados em São Paulo. E olha, não era pouca coisa não. Estamos falando de garrafas e mais garrafas de cervejas, vodkas e whiskies que não eram exatamente o que prometiam ser.
Mas Tarcísio, com aquela tranquilidade que só ele tem, parece encarar o problema com certa... como dizer? Desdém? Será? A fala dele soa quase como se estivesse dizendo: "Ah, isso aí é problema pequeno ainda".
As reações não demoraram
Nas redes sociais, a declaração pegou fogo. Tem gente rindo, tem gente puto da vida, tem quem ache que foi uma analogia infeliz e tem quem defenda o governador com unhas e dentes. É aquela confusão habitual quando um político solta uma dessas.
Alguns usuários lembram que a falsificação de bebidas pode ser perigosa — não é só questão de marcar ou desmarcar produto, mas de saúde pública mesmo. Outros acham graça na comparação e até elogiam a "franqueza" do governador.
O que me pergunto é: será que ele realmente acha que só devemos nos importar quando afetar empresas gigantes? Ou foi apenas um jeito descontraído — talvez um tanto quanto desastrado — de dizer que há problemas maiores para resolver?
Entre a piada e a seriedade
É complicado. De um lado, temos um problema real de falsificação que precisa de atenção. Do outro, um governador que parece minimizar a situação com uma frase de efeito. E no meio disso tudo, o cidadão comum que compra sua cervejinha no fim de semana sem saber se está levando gato por lebre.
Particularmente, acho curioso como políticos às vezes usam comparações do cotidiano para explicar — ou tentar explicar — suas posições. Nesse caso, será que a analogia com a Coca-Cola foi a mais feliz? Difícil dizer.
O certo é que a declaração já está por aí, rodando solta. E enquanto isso, a pergunta que não quer calar: será que o governador realmente acredita nisso ou foi apenas mais uma daquelas frases que saem antes do cérebro processar completamente?
O tempo dirá. Mas uma coisa é certa: quando o assunto é política e declarações polêmicas, o espetáculo nunca para.