Senador Usa Relatório Sigiloso da PF para Empurrar Voto Impresso no Congresso — Veja os Detalhes
Senador usa relatório da PF para empurrar voto impresso

Parece que a velha máxima de que "tudo vale em jogo político" ganhou mais um capítulo — e dos bons. Sabe aquele relatório da PF que todo mundo comenta, mas ninguém viu? Pois é. Acontece que um senador, cujo nome você provavelmente adivinharia, decidiu usá-lo como moeda de troca nos corredores do poder.

Não, não é brincadeira. A informação é séria e veio de fontes que preferem não ter os nomes estampados por aí — e quem pode culpá-las? O tal documento, supostamente confidencial, teria sido exibido para colegas parlamentares como uma espécie de arma de persuasão massiva. O objetivo? Convencê-los, de uma vez por todas, a aprovar o famigerado voto impresso.

Mas qual é a jogada?

Pense bem: um relatório da PF não é exatamente uma receita de bolo da sua avó. É algo sensível, cheio de detalhes que podem — ou não — ser usados fora de contexto. E é aí que mora o perigo. Alguns senadores relataram, sob condição de anonimato (óbvio), que se sentiram pressionados. Quase como se houvesse uma ameaça velada pairando no ar.

"Ou você compra a ideia do voto impresso, ou coisas piores podem vir à tona" — esse parece ter sido o tom, ainda que não dito explicitamente. E olha, no mundo da política, subtxto muitas vezes fala mais alto que discurso.

E a ética nisso tudo?

Bom, se ética fosse prioridade no planalto, talvez não estaríamos aqui conversando sobre isso, não é mesmo? O uso de um documento sigiloso para convencimento político é, no mínimo, questionável. E pode até — pasme — configurar algo mais grave.

Juristas ouvidos de raspão sobre o caso já soltaram alguns "ependeu, hein?" e "isso é complicado, viu?". A sensação geral é que a linha entre persuasão e coerção ficou bem tênue. Muito tênue.

E não para por aí. A própria PF não ficou nada feliz com a divulgação seletiva do relatório. Imagina só: você trabalha meses num inquérito, aí um político pega trechos soltos e saí usando como justificativa para uma votação. Dá um nó na cabeça, né?

O que era para ser um debate técnico sobre segurança eleitoral — que, convenhamos, é importante — virou uma novela cheia de manobras de bastidor. E o pior? Quem perde somos nós, o público, que assistimos a mais esse capítulo de "Como Distorcer Fatos em Benefício Próprio".

Será que o voto impresso é realmente necessário? Talvez. Mas a forma como está sendo empurrado goela abaixo dos parlamentares — isso, com certeza, não é.

No fim das contas, a pergunta que fica é: até onde vale ir para garantir uma vitória política? Porque se a resposta for "até onde der", então estamos mesmo é mal. Muito mal.