
O caso que pegou fogo nos tribunais brasileiros está prestes a ter seu capítulo final. A defesa de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), soltou o verbo nas alegações finais: quer a cabeça da acusação por falta de provas. Parece que o jogo virou, e como.
Os advogados — que não são nenhum bando de amadores — martelaram um ponto crucial: o Ministério Público Federal (MPF) não apresentou nada que ligasse Ramagem aos crimes apontados. Nem um e-mail comprometedor, nem uma gravação suspeita, nadica de nada. "É acusação baseada em vento e desejo", disparou um dos defensores, com aquela cara de quem já viu esse filme antes.
O que diz a defesa?
Eles foram direto ao ponto, sem rodeios:
- Nenhuma prova material conecta Ramagem às supostas irregularidades
- Testemunhas mudaram versões como camaleão muda de cor
- O MPF "inventou" crimes onde só havia procedimentos administrativos normais
Não é de hoje que processos políticos no Brasil viram verdadeiros campos de batalha. Mas dessa vez, a defesa parece ter encontrado o calcanhar de Aquiles da acusação. "Quando você abre a caixa, só encontra ar", ironizou um dos advogados, referindo-se às supostas provas.
E agora, José?
O tribunal tem até o final do mês para decidir. Enquanto isso, o clima é de expectativa — com direito a café requentado e conversas de corredor. Se a defesa conseguir convencer os juízes, Ramagem pode sair dessa como entrou: de cabeça erguida.
Mas não vá pensando que é simples assim. Processos desse tipo no Brasil costumam ter mais reviravoltas que novela das nove. Ainda pode ter chumbo trocado antes do veredito final.
Uma coisa é certa: se a justiça seguir a letra da lei — e não o barulho da mídia —, esse caso pode terminar com um grande "e daí?" histórico. Fiquemos de olho.