MP Eleitoral acusa Pablo Marçal e Datena por fake news em campanha de 2022
MP denuncia Pablo Marçal e Datena por fake news eleitorais

O Ministério Público Eleitoral (MPE) moveu uma ação judicial de grande repercussão contra o coach Pablo Marçal, o apresentador José Luiz Datena e outros 12 investigados. A denúncia, formalizada nesta quarta-feira (5), alega a criação e disseminação em massa de notícias falsas durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Operação de Desinformação em Larga Escala

De acordo com as investigações, os acusados teriam orchestrado uma sofisticada operação de desinformação através de grupos no aplicativo Telegram. O esquema envolvia a criação e compartilhamento de conteúdos falsos sobre urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro.

Os números são alarmantes: mais de 2,8 milhões de mensagens foram disparadas em apenas 48 horas, alcançando potencialmente 700 mil eleitores em um momento crucial da disputa presidencial.

Papel de Cada Envolvido

O MP Eleitoral detalha as funções específicas de cada investigado na suposta operação:

  • Pablo Marçal: Apontado como um dos idealizadores e principais financiadores da campanha de desinformação
  • José Luiz Datena: Acusado de ceder seu canal oficial no Telegram para impulsionar o disparo em massa das mensagens
  • Outros investigados: Responsáveis pela criação de conteúdo, operação técnica e gestão dos grupos de disseminação

Crimes Imputados pelos Procuradores

A denúncia do MP Eleitoral lista uma série de crimes eleitorais graves:

  1. Divulgação massiva de fatos sabidamente inverídicos sobre as urnas eletrônicas
  2. Criação de conteúdo falso com potencial de influenciar o resultado eleitoral
  3. Uso de estrutura organizada para bombardear eleitores com desinformação
  4. Violação da legislação eleitoral em período de campanha

Repercussões e Próximos Passos

O caso agora segue para análise do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que decidirá se aceita ou rejeita a denúncia. Se aceita, os 14 investigados se tornam formalmente réus e o processo judicial tem início.

Esta ação representa um marco no combate à desinformação eleitoral no Brasil e pode estabelecer importantes precedentes para casos similares no futuro.