Crise Diplomática: EUA Revogam Vistos de Lewandowski e Pacheco? Senador e Ministro Negam
EUA revogam vistos de Lewandowski e Pacheco?

Eis que surge no cenário político brasileiro uma daquelas notícias que deixam todo mundo de cabelo em pé. O deputado federal José Ricardo Figueiredo (PDT-AM) soltou uma bomba, afirmando com todas as letras que os Estados Unidos revogaram os vistos de entrada no país de duas figuras de peso: o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

A declaração, feita durante uma entrevista coletiva, ecoou pelos corredores do poder como um trovão em dia de sol. Figueiredo não usou meias-palavras. Disse que a medida americana foi uma retaliação direta pela forma como o Brasil tratou os atos golpistas de 8 de janeiro — uma resposta à lei, segundo ele, que teria sido considerada "branda" pelos gringos.

Mas é aí que a história fica mais interessante, ou no mínimo, estranhamente silenciosa. Você esperaria um rebuliço, um comunicado furioso, não? Pois bem... nem o ministro Lewandowski nem o senador Pacheco confirmaram a tal revogação. Nadica de nada. O silêncio deles é, no mínimo, ensurdecedor e contradiz completamente a narrativa do deputado.

Um deputado, uma acusação e nenhuma prova

Figueiredo pareceu estar perfeitamente a par de todos os detalhes. Citou até os artigos da lei americana que fundamentariam a decisão — a Seção 212(a)(2)(C) do Immigration and Nationality Act (INA). Segundo ele, essa seria a base legal usada pelos EUA para barrar a entrada de estrangeiros cujas ações possam ter implicações na segurança interna norte-americana.

Uma acusação grave, daquelas que podem estremecer relações diplomáticas. No entanto, até agora, é a palavra de um parlamentar contra um muro de silêncio. Nenhuma embaixada se manifestou, nenhum documento vazou, nenhum dos supostos alvos fez um só comentário. Fica aquele gosto de quero mais, ou melhor, de "será que é verdade mesmo?".

O que isso significa para a política brasileira?

Bom, se confirmada, a medida seria um terremoto de proporções gigantescas. Imaginem só: duas das maiores autoridades do país impedidas de entrar no território dos EUA. Seria uma afronta diplomática das grandes, um sinal de desconfiança gritante.

Mas e se não for verdade? Aí a situação se inverte completamente. Figueiredo poderia estar cometendo um desses disparates políticos que mancham a imagem internacional do Brasil sem necessidade nenhuma. Espalhar um boato desses é brincar com fogo, e as consequências podem ser imprevisíveis.

O fato é que estamos num impasse. De um lado, um deputado afirmando categoricamente. Do outro, um silêncio que fala volumes. O Palácio do Planalto, por sua vez, também não se manifestou — e talvez seja melhor que espere os fatos se esclarecerem antes de dar qualquer passo em falso.

Enquanto isso, em Brasília, a única coisa certa é a dúvida. E numa cidade acostumada a crises políticas, mais uma se desenha no horizonte, nebulosa e cheia de perguntas sem resposta.