
O tapete vermelho da política brasileira está mais uma vez encharcado de polêmicas. Desta vez, a bola da vez é um decreto do governo Lula que, segundo a deputada bolsonarista Chris Tonietto, seria uma "carta branca" para o aborto no país. A alegação? Que o texto "disfarçadamente" incentivaria a interrupção da gravidez.
Não é de hoje que o tema esquenta os ânimos no Congresso — mas dessa vez a discussão pegou fogo com gasolina. A parlamentar, conhecida por suas posições conservadoras, disparou críticas duras durante sessão na Câmara, chamando a medida de "golpe baixo contra a vida".
O que diz o decreto?
O documento em questão trata da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Na prática, fala sobre acesso a métodos contraceptivos e acompanhamento pré-natal. Mas segundo Tonietto, entre as linhas haveria "armadilhas" que facilitariam abortos.
— É um cavalo de Troia — disparou a deputada, com aquele tom de quem descobriu a pólvora. O problema? Especialistas em direito constitucional ouvidos por veículos independentes discordam da interpretação.
Reações em cadeia
Do outro lado do ringue, defensores dos direitos reprodutivos rebatem: "Mais uma cortina de fumaça", dizem. Para eles, a acusação seria apenas estratégia eleitoreira — afinal, estamos em ano de eleições municipais.
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Enquanto isso, nas redes sociais, a briga já virou trend topic. De um lado, #LulaAbortista; do outro, #ToniettoMentira. O Brasil, como sempre, dividido ao meio.
E você? Acha que há fundamento na acusação ou é tempestade em copo d'água? Uma coisa é certa: o debate sobre direitos reprodutivos no país está longe de ter um ponto final.