O pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar o caso do Banco Master já reuniu o número necessário de assinaturas no Congresso Nacional. A informação foi confirmada pelo vice-líder da oposição na Câmara, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), nesta quarta-feira, 31 de dezembro de 2025.
Número de apoios supera o mínimo exigido
De acordo com o parlamentar, o requerimento já conta com o apoio de 205 parlamentares, sendo 177 deputados federais e 28 senadores. O total necessário para que a proposta avance era de pelo menos 198 assinaturas, com um mínimo de 171 deputados e 27 senadores. Portanto, a meta foi superada em sete assinaturas.
Carlos Jordy comemorou o feito em suas redes sociais, mas fez um alerta. "Contudo, não podemos nos acomodar", afirmou. Ele pediu que a população continue cobrando outros congressistas para que também assinem o documento, fortalecendo ainda mais a base de apoio antes do protocolo oficial.
Próximos passos da investigação parlamentar
O requerimento com as assinaturas coletadas só poderá ser formalmente protocolado no Congresso após o fim do recesso parlamentar, cujo retorno está previsto para fevereiro de 2026. A partir de então, começam os trâmites para a efetiva instalação da comissão de inquérito.
A futura CPMI terá como objetivo principal apurar as suspeitas de um esquema de fraude bilionária envolvendo o Banco Master. O caso gira em torno da aquisição, pelo Banco de Brasília (BRB), de títulos considerados podres ou de alto risco emitidos pela instituição financeira privada.
Contexto do caso Banco Master
O Banco Master é alvo de investigações de autoridades por uma operação que pode ter causado prejuízos vultosos ao banco público. A suspeita de irregularidade na transação motivou a pressão de setores do Congresso por uma investigação mais aprofundada e transparente, que somente uma comissão parlamentar mista tem poder de conduzir.
A coleta de assinaturas, liderada pela oposição, demonstra a força política adquirida pelo tema no Legislativo. A instalação da CPMI, prevista para o próximo ano, promete movimentar o cenário político e financeiro, com depoimentos de autoridades e investigação de documentos sigilosos.