
Eis que o tabuleiro político brasileiro ganha mais uma peça em movimento — e que peça! Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, resolveu entrar em cena logo após a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. Não deu nem tempo de o veredito esfriar.
O que se viu, na prática, foi uma defesa ferrenha — daquelas que fazem repórteres correrem para as redações. Nogueira não mediu palavras: classificou a decisão do ministro do STF como "injusta" e "exagerada". Algo como um soco no estômago do sistema judiciário, mas dado com luva de pelica.
O timing político — porque sempre importa
Não foi por acaso, claro. A declaração saiu quente, quase que simultânea à condenação. Sinal de que o Planalto não apenas esperava por aquilo, mas já tinha resposta na ponta da língua. Alguém duvida?
O ministro — figura chave no governo — afirmou, com todas as letras, que Bolsonaro agiu dentro da legalidade. "Não houve tentativa de golpe", disparou. E ainda completou: a decisão judicial, pra ele, foi mais um capítulo na "politização da justiça".
E os bastidores? Ah, esses sempre contam outra história
Rolaram sussurros nos corredores do poder. Dizem que a reação de Nogueira foi combinada — um aceno de lealdade ao ex-presidente, que segue com força mesmo após deixar o cargo. Algo como um "não te abandonamos".
Mas também há quem leia diferente: uma jogada para agradar à base mais radical, aquela que ainda acredita no mito, no capitão, no que seja. Política, né? Nunca é só o que parece.
E o STF? Bem… ficou quieto. Até agora. Mas é questão de tempo até alguém rebater. Sempre é.
O que isso significa na prática?
Além de muito debate nas redes — já está rolando, pode acreditar —, a defesa de Nogueira joga luz sobre uma divisão que ainda sangra: de um lado, os que veem lawfare; do outro, os que enxergam justiça sendo feita.
E no meio? No meio, o Brasil, tentando entender no que acreditar.
Uma coisa é certa: a poeira não vai baixar tão cedo. Com eleições à vista e ânimos acirrados, essa é só mais uma lenha na fogueira. Fiquem ligados.