Vereador Bigodini Enfura Mandato Após Fraude em Acidente: Do Banco do Carona ao Banco dos Réus
Bigodini: fraude em acidente ameaça mandato

Era pra ser só mais um daqueles dias comuns na vida de um parlamentar. Mas o que começou como um simples deslocamento pela cidade de Ribeirão Preto rapidamente se transformou numa verdadeira enrascada para o vereador conhecido como Bigodini. O homem, que antes ocupava confortavelmente o banco do passageiro, agora se vê num lugar bem menos aconchegante: o banco dos réus.

O caso é daqueles que fazem a gente coçar a cabeça e pensar: "será que valeu a pena?" Tudo começou com uma batida de carro — coisa que acontece todo dia, né? — mas foi a reação do vereador que elevou o drama a patamares estratosféricos.

Da batida ao boletim: quando o estrago vai além da lataria

Segundo as investigações que correm sob sigilo no Tribunal de Contas do Estado, Bigodini não perdeu tempo após o acidente. O parlamentar, que na época do ocorrido em 2022 nem sonhava em ser vereador, moveu uma ação buscando indenização por danos morais e — atenção aqui — por lesões corporais. Só que tem um pequeno detalhe: um laudo pericial posterior concluiu que tais lesões simplesmente... não existiam.

Pois é. O que parecia ser uma tentativa de ganhar uma grana extra pode agora custar muito mais caro — tipo, o cargo público caro.

O processo que não para de crescer

O caso já virou uma verdadeira bola de neve. Além do processo no TCE, o Conselho de Ética da Câmara Municipal também abriu seus próprios procedimentos para apurar se houve mesmo violação do decoro parlamentar. E olha, as coisas não parecem nada boas para o lado do vereador.

O relator do caso no TCE, Élcio Angu, já deixou claro que a conduta de Bigodini pode ser enquadrada como ato de improbidade administrativa. E quando a palavra "improbidade" entra em cena, a coisa fica séria — muito séria.

As consequências que assustam

Se o TCE considerar que houve mesmo má-fé na tentativa de obter vantagem indevida através de alegações falsas, Bigodini pode enfrentar penalidades que vão desde multa pesada até — segura aí — a perda do mandato e a inelegibilidade por até oito anos.

Imagina só: de vereador a cidadão comum de uma hora para outra, e ainda por cima impedido de concorrer a qualquer cargo eletivo por quase uma década. É o tipo de reviravolta que até roteirista de novela hesitaria em escrever.

E agora, Bigodini?

Procurado para se manifestar, o vereador — através de sua assessoria, claro — preferiu o silêncio. A defesa alega que tudo não passa de um "equívoco" e que Bigodini agiu de "boa-fé". Mas convenhamos: alegar lesões que um laudo oficial diz não existir é um "equívoco" bem conveniente, não acham?

Enquanto isso, nas redes sociais, a população de Ribeirão Preto não perdoa. Os comentários variam entre a indignação e o sarcasmo, com muitos questionando como alguém que supostamente mente para obter vantagens financeiras pode representar honestamente os interesses da cidade.

O caso segue em investigação, mas uma coisa é certa: essa história serve como mais um daqueles alertas sobre como atitudes questionáveis do passado têm o incômodo hábito de voltar para assombrar — especialmente quando você decide entrar para a vida pública.

Fica a lição: antes de inventar lesões para ganhar dinheiro, pense bem. Um dia você pode estar não no banco do carona, mas no banco de um plenário tendo que explicar suas escolhas para toda a sociedade.