
Imagine você fazendo suas compras tranquilamente numa tarde de quinta-feira quando, de repente, a normalidade é quebrada por uma cena digna de filme. Foi exatamente isso que aconteceu numa loja de departamentos conhecida do Ipiranga, zona sul da capital paulista.
Por volta das 15h30, um grupo que parecia mais clientes do que bandidos entrou no estabelecimento com uma intenção bem específica. Não eram mais do que quatro ou cinco pessoas, mas agiram com uma sincronia que deixaria qualquer coreógrafo com inveja.
A ação foi rápida e limpa - se é que podemos usar esse termo para algo tão repulsivo. Em poucos minutos, enquanto parte do grupo distraía os funcionários com perguntas intermináveis sobre produtos, outros membros da quadrilha aproveitaram para... bem, digamos que "liberaram" vários aparelhos celulares das prateleiras.
O silêncio após a tempestade
Quando perceberam o que havia acontecido, era tarde demais. Os meliantes já haviam evaporado no ar abafado de São Paulo, deixando para trás nada além de funcionários atônitos e algumas vitrines consideravelmente mais vazias.
O que mais me impressiona nesse tipo de situação é a frieza com que esses indivíduos agem. Eles não parecem nervosos, não hesitam - é como se estivessem apenas seguindo um roteiro ensaiado centenas de vezes.
E olha que eu já vi cada coisa nesses meus anos cobrindo crime...
Um problema que se repete
Infelizmente, esse não é um incidente isolado. Só na região metropolitana de São Paulo, estima-se que roubos em estabelecimentos comerciais aumentaram cerca de 15% no último ano. E os alvos preferidos? Dispositivos eletrônicos, especialmente celulares de alto valor.
As lojas estão reforçando a segurança, é claro. Mas os criminosos parecem sempre estar um passo à frente, inventando novas estratégias a cada semana.
Será que algum dia vamos conseguir virar esse jogo? Honestamente, não sei. O que sei é que enquanto houver compradores para produtos roubados, haverá gente disposta a roubar.