
Não era um começo de sábado qualquer na Via Dutra. Por volta das 3h30 da madrugada, um motorista que passava pelo km 271 — trecho que corta Barra Mansa, no Sul do Rio — avistou algo que faria qualquer um frear bruscamente: um corpo caído à margem da pista.
Segundo testemunhas, o homem — ainda não identificado — estava com marcas de disparos. Não um, não dois, mas vários. O suficiente para deixar claro que aquilo não foi acidente, nem briga casual. Tinha cara de coisa combinada.
O que se sabe até agora?
A Polícia Militar chegou rápido, mas já era tarde. O SAMU confirmou o óbito no local. Nada de documentos, só um relógio quebrado parado às 2h17 — será que marcava a hora do crime? Ninguém sabe.
- Vítima: homem, entre 30 e 40 anos
- Vestes: camisa listrada e jeans — roupa comum, nada chamativo
- Local: margem da pista sentido Rio-São Paulo
Os peritos trabalharam sob holofotes improvisados enquanto caminhoneiros buzinavam, impacientes. "Típico de quem quer sumir rápido", comentou um agente, esfregando os olhos. A cena tinha aquela atmosfera pesada de quem já viu demais.
Teorias e lacunas
Sem testemunhas do crime em si, os investigadores mordem a isca de três hipóteses:
- Acerto de contas: a precisão dos tiros sugere profissionalismo
- Crime passional: embora raro em vias públicas
- Latrocínio: mas cadê os pertences roubados?
Curiosamente, nenhum morador local ouviu barulho de disparos. Será que usaram silenciador? Ou o som se perdeu no ronco constante dos caminhões?
Enquanto isso, no IML de Volta Redonda, técnicos lutam contra o tempo — e a burocracia — para liberar o laudo. Até lá, resta à Delegacia de Homicídios da região catar migalhas de evidências. Um caso desses, na movimentada Via Dutra, pode esfriar rápido demais.