
Parece que a tranquilidade do campo em Cascavel virou coisa do passado. E olha que não é exagero — os números são assustadores e falam por si. Só neste ano, a região rural já registrou 57 ocorrências de furtos e roubos. Sim, você leu certo: cinquenta e sete.
Para ter uma noção do estrago, em 2023 — ano passado, né? — foram 28 casos no mesmo período. Faz as contas aí: mais que o dobro. Um salto desses não é normal, não. Algo está muito errado.
Medo, prejuízo e noites sem dormir
Quem vive lá sente na pele. "A gente trabalha o dia todo e à noite fica é vigiando", desabafa um produtor que preferiu não se identificar — com medo, claro. E não é pra menos. Os criminosos estão levando de tudo: ferramentas, combustível, até animais.
O prejuízo é grande, mas o psicológico fica ainda pior. Viver com medo não é viver, é sobreviver.
E a resposta? O que está sendo feito?
A Polícia Militar diz que aumentou o patrulhamento — e de fato, alguns moradores até reconhecem que viram mais viaturas. Mas será que é suficiente? A área rural é vasta, cheia de estradas vicinais e propriedades afastadas. Fica difícil cobrir tudo.
Alguns sitiantes já partem para as próprias soluções: câmeras, cercas elétricas, vigilância comunitária. É a lei do cada um por si quando o poder público não dá conta.
E agora?
Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: será que a situação vai piorar? Ou será que, finalmente, vão tomar uma atitude que realmente mude o jogo?
Uma coisa é certa: o campo pede socorro. E não é um pedido quieto — é um grito que ecoa por todas as lavouras de Cascavel.