Era uma operação que vinha sendo costurada há meses, nos bastidores silenciosos das investigações policiais. A Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais acabou de dar um golpe duro numa organização criminosa que especializou-se num negócio nada honroso: o furto de cargas que trafegam pela movimentada BR-381.
Um homem já está atrás das grades — preso em flagrante, sem muita chance de defesa. Mas a história não para por aí. A polícia tem em mãos mandados de busca e apreensão contra outros cinco indivíduos que, segundo as investigações, integravam essa quadrilha bem estruturada.
O esquema era, vamos dizer, profissional. Os criminosos agiam com uma logística que impressiona — para o mal, claro. Eles não escolhiam vítimas aleatórias. Tinham alvos específicos, caminhões carregados com produtos de alto valor, que sumiam como que por encanto.
Como a quadrilha operava?
Os investigadores acreditam que o grupo usava veículos de passeio comuns — aqueles que ninguém desconfia no trânsito — para seguir os caminhões de longe, marcando o momento certo para agir. Às vezes, paravam os motoristas sob falsos pretextos; noutras, simplesmente abordavam com violência, aproveitando-se de trechos mais desertos da rodovia.
Pelo menos 17 ocorrências já foram conectadas a esse mesmo modus operandi. Sete desses crimes — pasmem — aconteceram só neste mês de agosto. A ousadia era tanta que parece que ninguém segurava esses caras. Até agora.
Os próximos passos
Os policiais não divulgam muitos detalhes para não atrapalhar as buscas, mas é certo que a operação segue em andamento. E olha, a tendência é que mais gente seja levada para a cadeia. A PRF já adiantou que vai continuar com as blitzes e a vigilância ostensiva na região — principalmente na Grande BH, onde os furtos eram mais frequentes.
Para os caminhoneiros e empresas de transporte, a notícia é um alívio. Ninguém merece trabalhar sob constante ameaça de assalto, não é mesmo? Ainda mais numa rodovia tão crucial para o escoamento de produção quanto a BR-381.
O que fica claro é que, dessa vez, a lei chegou primeiro. E com força total.
