Operação da PRF apreende 223 kg de maconha skunk em caminhão de mudança na BR-319, no Amazonas
PRF apreende 223 kg de skunk na BR-319, no AM

Parece coisa de filme, mas foi bem real. Numa operação de rotina que rapidamente se transformou em algo muito maior, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) deram uma baita fisgada na tarde desta quarta-feira (28). O alvo? Um caminhão de mudança, daqueles que você contrata quando vai trocar de casa, trafegando pela famosa (e por vezes perigosa) BR-319.

Mas a carga não era de sofás ou guarda-roupas. Longe disso. Ao revistar o veículo, os policiais se depararam com um carregamento que deixou todo mundo de queixo caído: nada menos que 223 quilos de maconha do tipo skunk. Sim, você leu certo – mais de meia tonelada da erva considerada uma das mais fortes do mercado.

Uma fortuna sobre rodas

O valor de uma apreensão dessas é algo simplesmente estratosférico. Especialistas calculam que o montante apreendido valha, nas ruas escuras do tráfico, uma fortuna de vários milhões de reais. Uma quantia que, obviamente, não iria parar nas mãos de qualquer usuário comum, mas sim abastecer um esquema muito bem organizado.

O motorista do caminhão – que, imagino, deve ter suado frio – foi imediatamente detido e levado para a delegacia. Agora, ele responde por tráfico de drogas, um crime gravíssimo com penas que podem chegar a 15 anos de prisão. Não era, definitivamente, uma mudança comum.

O que é o skunk e por que é tão perigoso?

Pra quem não está familiarizado com o termo, o skunk (que significa ‘gambá’ em inglês, por causa do cheiro forte) não é sua maconha qualquer. É uma variedade superpotente, desenvolvida através de cruzamentos genéticos que elevam brutalmente a concentração de THC – o principal componente psicoativo da planta.

Os efeitos? Muito mais intensos e imprevisíveis. E os riscos à saúde, principalmente para jovens, são enormes, podendo desencadear crises de ansiedade, paranoia e até psicose. Não é brincadeira.

A apreensão na BR-319, uma rodovia crucial que corta o estado mas também conhecida por ser rota de contrabando, mostra uma ousadia absurda dos traficantes. Usar um veículo de mudança, que passa despercebido no trânsito, é uma tática clássica, mas que dessa vez não deu certo.

A PRF não divulgou muitos detalhes sobre como a operação foi planejada – e é melhor assim, para não atrapalhar investigações futuras. Mas uma coisa é certa: foi um golpe duro aplicado no coração do crime organizado que atua na região. Um dia de trabalho que, com certeza, salvou muitas vidas.